Talvez te
xingue por que me magoas
Talvez te
despreze porque me ignoras
Talvez te
diga da minha dor em vão
Talvez até
te faça um verso de coração...
Mas nada poderá
me fazer calar essa sensação
Essa vontade
incontida em meu ser arrasado
Que me
definha aos poucos a vida já incolor
Alojando em
meu peito essa imensa dor
Do teu
descaso por te sentir esse imenso amor...
Te delicias
ao lerdes meus versos sofridos
Onde exponho
todo meu ser entre gemidos
Cálidos gemidos
soturnos que se manifestam
Em meus
sentimentos puros que restam
Nesse mórbido
coração já fragmentado
Renegado por
estar em um corpo velho
Trocado pelas
ilusões que te conquistaram
Deixando me
de lado largado e desprezado...
Velho eu sou
porque o tempo foi impiedoso
Porém meu
ser ainda é jovem e é carinhoso
Embora me
pisem e me magoem sou amoroso,
Tenho sonhos
delírios desejos que se remoçam
Quando encontro
quem de fato me ama e me quer,
Acreditei no
teu amor mas vejo que fui apenas um brinquedo
Achas que me
enganas com falsas juras mas me jogas em degredo...
Grito meu
lamento aos quatro cantos sem segredo
Pois gritando
alivio essa dor que está me matando
E nesse
grito expresso deixo em suspenso o que sinto
Pois maior
que meu grito é meu silencio te amando! (Elgitano/Paulogaliat)