sábado, 13 de dezembro de 2014

SER SÓ!...

Ser só é estar contrito a si mesmo
Não pelo fato de se sentir pecador
Mas por sentir em si muito amor....
Um amor que não cabe mais em si
E se sente pesaroso por estar preso,
Por não ser aceito por quem se quer
Um amor incondicional para o que der e vier...
Ser só é viver de sonhos somente
Embora se pareça demente
Pois se goza pensando no ser ausente!
Ser só é ser livre sem liberdade
Pois se está preso a imensa saudade!
Ser só é um imenso penar
Pois não se tem a quem amar!
Ser só é saber se resguardar
Para ao outro se entregar!
Ser só é sofrer em noites frias
Se aquecendo entre fantasias!
Ser só é ter como companheira a solidão
E a esperança de poder viver uma grande paixão!
Ser só é saber que amor de verdade se dá e se ganha
Não se compra e nem se arranca como se fosse barganha!
Ser só é caminhar nas noites escuras
Em busca de companhia ou aventuras
Mas sabendo que no amanhecer virão as agruras!
Ser só é viver num pequeno mundo
Que se resume num canto escuro e profundo!
Ser só por fim é saber esperar
O momento certo de seu amor poder entregar!... (Elgitano/Paulogaliat)

EXILADO DO AMOR!

Dentre tantos encantos que tenho vivido
Embora esteja com o coração sofrido,
Na solidão que é minha companheira
Talvez quem sabe minha dor primeira
Posso dizer que guardo em mim o amor....
Esse sentimento que ameniza tudo que vê
Que nada pede em troca senão um humilde prazer
O de se poder dar um pouco que se guarda
E ficar calado de longe e encantado então sem nada dizer....
É saber que a quem se ama está feliz e também ser feliz!
Ser feliz com cada pequeno detalhe de sua vida,
O suspirar pelo encantamento de uma flor,
O se alegrar por andar seja por onde for,
O se encantar com o cantar de um passarinho
 Como se dele recebesse um carinho,
O compreender a grandeza de deus através da natureza
O saber que tudo se transforma com pureza
Que a sabedoria divina está nas pequenas coisas
Que distraidamente nem sempre prestamos atenção...
São essas pequenas coisas vistas com amor
Que me aliviam de certa forma essa dor...
A dor do silencio e do descaso nesse exílio
A ignomínia me dada pelo desprezo
Que carrego em mim como um grande peso,
Mas mesmo sofrendo em minha prisão decretada
Pelo abandono de quem tanto espero o lenitivo,
Guardo cada dia mais esse amor a me aliviar o martírio
Desse imenso e sofrido desígnio causticante
Que me tenta consumir diante do opróbio
A me torturar nas lembranças que me assolam os sonhos!
Sonhos intensos e tantos de sentimentos tamanhos,
E assim resguardo esse amor como uma rara joia
Que deixo oculta no fundo desse meu dilacerado coração!... (Elgitano/Paulogaliat)