segunda-feira, 5 de maio de 2014

VEM CALAR TEU TROVADOR!

 Pedes que me cale
Não, eu não me calarei!
Sempre falarei o que sinto
Pois sabes que não minto,
Mesmo que a boca me cale
Tampando-a com teu beijo
Mais motivo me darás para que fale...
Que fale do quanto te quero
Que para sempre te espero
Mesmo que em outra vida
Embora de mim esquecida
Segue teu caminho enaltecida
Em outra vida decidida...
Gritarei ao mundo minha dor
Embora não queiras de mim saber
Mas te guardarei sem nunca esquecer
Não o que me causas agora podes crer,
Mas guardarei as juras entre palavras trocadas
No calor da paixão entremeada de alegria e amor...
Queres que me cale?
Não te atenderei esse pedido
Pois que já me encontro perdido
Entre o certo ou errado nessa solidão,
Buscarei resguardar-me na ilusão
De que voltarás em breve arrependida
E te jogarás entre meus braços carentes
De teu corpo teu sorriso e teu amor que eram tão presentes.
Não me calarei enquanto vivo for
Anunciarei aos quatro cantos o meu amor
Esgotarei minha voz nesse louco clamor
Quem sabe assim me darás por fim devido valor?
Ah imbecilidade de um sonhador!
Que falas podes mais publicar
Se te iludes por quem não te quer amar?
Faz pois trovas de tua dor
Cantando ao mundo teu amor
Transforma-te em um menestrel
E te colocas debaixo daquele balcão
A decantar teu sofrido coração,
Quem sabe numa noite enluarada
Te apareça ela numa balaustrada
Escutando teu canto e admirando a lua
Num penoir transparente semi nua
Majestosamente linda debruçada
E te lance um olhar encantada?
Sonha poeta! Pois só te resta sonhar
Busca entre teus delírios solitários
Essa tua dor causticante acalmar,
Vai... te perde por fim nesse mundo
Te trancas e vive entre sonhos e fantasias
Pois bem sabes que tuas noites sempre serão frias... (Elgitano/Paulogaliat)

PERDIDOS DE AMORES...

Cabelos soltos ao vento
Numa revoada de encanto
Que me seduz num alento
Desse recôndito pensamento
Ao te ver assim bela e sedutora
Com teu corpo a me mostrar um mundo
Que viajo nas querências que me invadem
Ao te apreciar nua plena e só minha...
Vejo teus cabelos a cobrirem teu ombro
E teus seios a serem revelados sem assombro
Teus mamilos rosados enrijecidos
De minha mente jamais serão esquecidos
Pois os sinto em minha boca a serem engolidos
Minha língua ávida passeia no entorno de teus seios
Minhas mãos percorrem teu corpo liso e macio
Exalando o perfume das flores a me inebriar
Sinto a cada toque meu tua pele arrepiar
Tua respiração a loucamente ofegar
Teu coração já descontrolado disparar
Te beijo toda degustando cada detalhe
Como a te refazer em uma escultura
Com minha língua incansável a te esculpir
Te lambo inteira te sugo te cubro de beijos
Te toco cada parte despertando teus desejos
Que se misturam aos meus e te aperto
Então me puxas para mais perto
Me facilitas nesse labor de artesão
A te esculpir os desejos nesse intenso tesão
Me acaricias ousadamente e me esculpes
Nos transformamos então em escultores
E nos deliciamos com entre nossos sabores
Me delicio com teu mel a escorrer de tua gruta
Enquanto te aliso entre as pernas com meu rosto
Minhas mãos te puxam segurando forte tuas ancas
Tuas pernas me prendem firme entre tuas coxas
Sinto entre minhas mãos tuas nádegas e tu as minhas
Retribuímos caricias tantas nessa peleja amorosa
O vento sopra tênue a nos refrescar o calor dos corpos
Nos perdemos entre os beijos que aumentam nossos desejos
E assim perdidos entre nossos corpos e entre frêmitos
Nos amamos e nos entregamos doce e loucamente
Nos perdemos entre nossos deliciantes sabores
Sem medos sem magoas sem traumas e dores
Pois somos amantes perdidos de amores!... (Elgitano/Paulogaliat)