terça-feira, 14 de janeiro de 2014

SONHOS E FANTASIAS NOTURNAS...

Fantasiosa imagem que se me apresenta
Afasta de mim a solidão que me atormenta,
Leva pra longe a escuridão que me violenta
E deixa a sublimidade de teu ser...
Deixa o sabor do teu beijo,
Esse beijo que de longe almejo
Que me tortura entre o delírio do desejo
Nessa imagem de tua foto que agora vejo...
Deixa que te materialize minha imaginação
Aqui nesse momento de ardente paixão
Que me queima a carne nesse turbilhão
De anseios guardados em meu coração...
Deixa teu perfume envolvente
Alimentar meu ser carente
Que te busca embora de mim ausente
Mas que em minhas fantasias te sente...
Sente meu ser esse vento que teus cabelos
Embaraça que me arrepia os pelos
Quando em meu peito te entrelaças
Te entregando e forte me abraças,
Tua pele roçando a minha e tuas mãos
Me tocando tão macias e quentes
Te sinto do irreal ao real
Nesses momentos envolventes,
Vibra meu corpo que te busca
E te encontra em meus devaneios
Sentindo rígidos teus seios
Me toco então como te sentisse
Fecho os olhos e me vejo te beijando
Teu corpo apalpando tuas pernas me apertando
De encontro ao teu corpo macio e desejoso
Desse momento maravilhoso
Que dois amantes se entregam
Sem medos se esfregam e se tocam
E assim se perdem quando se beijam
E entre seus sonhos tanto amor ensejam... (Elgitano/Paulogaliat)

O QUE DEIXEI?...

O que ficou de mim?
Quem poderá dizer enfim?
Deixei amigos e lembranças
Lições e desesperanças
Quantas decepções causei
Quantas no caminhar acumulei,
Sonhos desfeitos projetos destruídos
E tudo ficou no tempo perdido,
O desejo do beijo não dado
Do carinho recusado
Das conversas evitadas,
Dos encontros desmarcados
Da ausência provocada
Da recusa entre mentiras inventadas,
Do descaso aos sentimentos
Tão eloquentes e expressados,
Tanta coisa desprezada e esquecida...
O que ficou de mim afinal?
A imagem de bobo da corte talvez?
Ou quem sabe de um idiota sentimentaloide?
Que se danem as opiniões
Que se danem os conceitos e razões
O que me importa de fato são as emoções
Sentidas no passado e agora,
O que se foi passou
Só lembranças restou
Como lições que de nada adiantam
A quem de fato se doa de coração
Seja a uma amizade ou a um possível amor,
Que venham as decepções, as desilusões
Pouco me importa tudo isso
Se o que quero mesmo sem juízo
É me dar de corpo e alma
E me entregar com calma
A quem desejar de mim algo guardar! (Elgitano/Paulogaliat)

ME MATA!...

Vem...me arranca a veste carnal
Que me encobre esse corpo pútrido
Mera matéria que se consome entre dores,
Que o tempo se encarrega de dar fim...
Vem arranca de meu peito o coração
Esse coração que tantas emoções viveu,
Que feridas se fizeram a cada paixão
Que se entregou e na solidão ficou...
Mata de vez quem só quis amar outra vez,
Quem sabe em outra vida esse amor vá renascer
Fazer florir a esperança que feneceu...
Que me leve por fim a morte pelo vale da escuridão,
Já que a vida em si perdeu a razão,
As cores se desbotaram com o tempo
A canção perdeu sua harmonia,
Os odores da primavera se perderam
Os sabores se tornaram intragáveis,
Os sonhos se desfizeram
As promessas foram esquecidas
Os projetos destruídos,
Tudo enfim teve fim...
Não escutarei mais os anjos
Em doces melodias celestiais
Fortuna dos que sonham
Delírio dos que amam,
Só me restará um réquiem
Num lamentoso cântico
Ao me depositarem os restos
Desse corpo sem valia
Ao tumulo meu novo lar
Ou ao fogo meu destino sepulcral! (Elgitano/Paulogaliat)