quinta-feira, 21 de agosto de 2014

AMOR CIGANO AO LUAR!

Cálida e esplendorosa lua
Que a tudo ilumina nesse instante
Mostra-me te peço suplicante
Aquela distante cigana
Que entre as chamas dançava
A me olhar seduzindo
Seu perfume a cada volta exalava
O cheiro do amor que me inebriava
Entorpecendo meu ser que se excitava
O tom da sua pele contra tua luz
Me causa devaneios e me seduz,
Me rendo aos encantos dessa cigana
E meu sofrido e pobre coração se engalana
Tentando possui - la com toda minha gana
Aprumo na cintura o punhal ajeito o chapéu
E me entrego a dança em dueto e vou ao céu,
Grito “arriba gitana” “olé” e sinto me chicotear seus cabelos
Entre as evoluções da dança que nos incendeia
E tu lua brilhante és nossa testemunha
Pois nos ilumina como uma candeia
Mostrando na relva nossos corpos que se expunham
Dançávamos a musica do amor ardente
Que a cada momento era mais envolvente
E tu lua brilhante tão distante e silente
Nos via assim diante de ti  puros e amantes
Hoje nessa campa de tudo tão distante
Te vejo ainda mais brilhante
A me fazer relembrar daquele instante
Em que meu sofrido coração
Se entregou a essa cigana com paixão!... (Elgitano/Paulogaliat)

FUGINDO DE SI MESMA!...

Fuja! Te distancies de tudo
Te afastes de tuas memórias
Tenta iludir tuas lembranças
Quem sabe entre aventuras
Sofrendo desventuras
Conseguiras tal lenitivo?
Te dopes com beberragens
Faça de tua vida muitas bobagens,
Entrega teu corpo em loucas orgias
Te percas no delírio de fantasias,
Dance a dança dos loucos apaixonados
Deixa cair pelo chão teu corpo cansado
E sinta os cães a te lamberem a sobra do gozo
Que te lambuzou o corpo em noites perdidas...
Fostes  privada de espermas!
Te deixastes ser usada e lambuzada
Desejada e violentada nessa agrura fugidia
De teus sentimentos que te tortura todo dia...
Vai! Te percas entre bares e festins
Peques cada vez mais nessa busca sem fim
Apodreça teu interior entre tantas dores
Causadas por ti e em ti entre falsos amores
Porque de nada adiantará tudo fazeres
Mesmo sentindo e dando prazeres
Porque do que foges não se mata e nem se morre!... (Elgitano/Paulogaliat)

SEU NOME!.....

Já escrevi seu nome nas estrelas
Nas arvores por onde andamos
Nas areias em que pisamos
Das praias em que nos amamos...
Quem olhava os céus seu nome via
Entre estrelas e galáxias reluzia
Na primavera brotando das arvores
Seu nome em flor se fazia de amores
Nas areias das estradas quem pisava lia
Entre a poeira as letras de teu nome
Em versos declarado em poesia,
Em cartazes publiquei em forma de reclame
Seu doce e lindo nome que se destacava como ditame,
Nas praias onde o sol brilha gravado estava seu nome
Que o mar com ciúmes devorou e levou pra longe...
Hoje perdido e de tudo distante perambulando como monge
Procuro entre as procelas desse mar furioso entre brumas
Seu nome que me é tão precioso e perdido está nessas espumas...
Olho para o céu e não vejo mais a reluzir seu lindo nome
Pois vieram os meteoros e o apagaram talvez com inveja,
Nas arvores nada mais restou pois desmataram-nas o homem
A poeira das estradas cobriram os versos que te compus
Enfim hoje não vejo mais seu doce e encantado nome
Mas nesse desespero de busca em todos recantos esqueci
Que em um lugar bem guardado e inviolável seu nome escrevi
 Dentro de mim uma luz brilhante então eu percebi
Vinda desse meu eu transtornado de paixão
Que guardei como tesouro em meu sofrido coração
Seu doce e tão procurado nome! (Elgitano/Paulogaliat)