terça-feira, 18 de março de 2014

REVELAÇÃO!...

Te deixaram ver a face que estava oculta?
Caiu por fim a mascara da hipocrisia
Te revelando por trás a ignomínia
Que te iludia entre falsas promessas
Uma vida de mudanças tantas, homessa!
Não te apercebestes então que era fantasia?
Que buscavas então nesse eflúvio perene?
Talvez a realização de tantos anseios?
Ah quanta loucura se faz num enlevo amoroso!
Se beija a morte como se fosse um anjo
Ignorando o opróbrio de seu ser tenebroso,
Ah minha amada o mundo é assim
Te arrancam o bem para macular te sim
Para te levarem ao fundo do poço
E ali te deixarem em calabouço
Purgando teus dias em sofrimento
Por te dares conta do desapontamento
Que te invade a alma nesse momento.
Não chores querida, vê que ainda te resta vida
Vida de lutas e glórias sempre a te esperar,
Levanta de tua caída e soergues teu altivo semblante
De guerreira destemida em corpo de mulher sofrida
Empunhas tuas armas e vai mesmo cambaleante
Em busca de tuas vitórias pois te resta muito conquistar,
Embora não soubessem que te é mister sempre amar
E com doçura perdoar teus desafetos e carrascos,
Não guardas em teu peito rancor magoas ou ascos
Pois tua origem é divina pura angelical como ser celestial
Tuas mãos não ferem não magoam nem fazem mal
Trata a todos com afeto e carinho por igual.
Tens em ti valor disputado que é um tesouro
Quem dele tem conta sabe que é mais que ouro
E por isso te quer a qualquer custo conquistar
Teu nobre coração disposto a docemente abrigar
Aquele que souber de ti sutilmente aproximar
E tu que tens tanta candura te deixas apaixonar
Pois és romântica e por fim te fazem chorar.
Frágil como a pétala da flor que te encanta
Mas forte como a rocha que ao inimigo espanta,
Assim és divina criatura que tanto fascina
Que te revelam faces ocultas e mascaradas
Nessa tua longa caminhada de muitas estradas! (Elgitano/Paulogaliat)

O QUE TE TRAZEM AFINAL?

O que te trazem afinal?
Te trazem do sol o brilho?
Da lua o resplandecer da magia?
De teus sonhos e desejos a fantasia?
Do ouro o valor de seu poderio?
Das noites a fascinação da aventura soturna?
Dos abraços a sensação da segurança?
Dos beijos a realização dos desejos?
Do se dar a certeza de se sentir amada?
Do desprezar a certeza de que és livre?
Te trazem tantas coisas entre o se dar
Entre ofertas tantas e promessas no falar
Te trazem coisas que te encantam afinal
Te iludem como iludem a criança com algo bonito
Te enganam mostrando a ti o desconhecido
Te fazendo deixar teu sonho agora esquecido
Te  fazem se sentir importante entre títulos
Te auferem quem sabe honoris causas
Te norteiam o ego com coisas tremendas
Te mostram com vanglorias algumas comendas
Se esquecem portanto da simplicidade do ser
Do saber da vivência humilde da gente que ama
Que estende a mão em solidariedade sem nada querer,
Se esquecem de te trazer com alegria tanto amor
Tanto querer fazer o bem sem te ferir e provocar dor.
O que te trazem afinal?
Te trazem o que a natureza de graça te dá?
Te dão por fim sentimentos sem nada pedir?
Se entregam a ti por juramentos a cumprir?
Te fazem promessas que são esquecidas e quebradas
Te deixam por fim sozinha perdida nessas estradas.
Estradas de sonhos de outros que te iludiram e iludem
Que te fazem achar que tudo é divino e maravilhoso
Mas quando se realizam e conhecem o que lhes faz bem
Te deixam esquecida largada quebrantada no fundo do poço
O que te trazem afinal? (Elgitano/Paulogaliat)