sábado, 22 de fevereiro de 2014

SONHOS ROUBADOS...

Sonhos sonhados
Desejados planejados
Tanto tempo alimentados
Tantos esforços dedicados
Para acabarem assim jogados
Num canto da vida abandonados.
Sonhos perdidos
Sentimentos feridos
Brios afetados e desrespeitados
Promessas quebradas,
Palavras empenhadas
Jogadas ao vento em desalento
Tantos anseios em breve momento
Tudo vivido sem nenhum sofrimento.
Querer ser feliz é o que se deseja
Quem da vida o amor e a paz almeja
Um gesto simples talvez nem se veja
O doce carinho de quem nos beija
Simples coisas que nos fazem sorrir
Não tem preço que pague esse porvir
De dias melhores a tudo colorir
Com as cores da esperança e do amor
Na sublimidade de uma singela flor!
Os sonhos se renovam sempre
Sejam da casa própria ou do carro novo,
De um casamento perfeito
Do emprego tão desejado
De um amor correspondido
De se ter filhos lindos e saudáveis,
Tudo é sonhado e desejado
Mas por outros interesses abandonados,
Momentos ilusórios te tiram desejos sonhados,
Enganação e muita ilusão é o que a vida te mostra
Em momentos que mais se aposta
Em algo que se crê ser felicidade
E que não passa de uma fatalidade
Dessas da vida de falsidade
Que acabam te propondo com facilidade.
Te enganaram te desviaram dos sonhos
Te iludiram com falsas palavras,
Te fizeram ver somente fantasias
Acabaram com tuas alegrias
Do tão sonhado sonho desejado
Que está num canto agora jogado
Sem vida sem perspectiva sem legado
Te envolveram e tudo de bom te foi negado,
Sem piedade teu sonho foi roubado...(Elgitano/Paulogaliat)

NÃO TE DIREI DA CANÇÃO AS PALAVRAS!.

Não te direi da canção as palavras
Que te toquem o coração hesitante,
Não murmurarei meu lamento
Te deixarei viver teu momento
Não buscarei mais teu semblante,
Me calarei e no meu mutismo te guardarei.
Guardarei minhas lembranças desgastadas
Da ternura desejada entre sonhos que sonhei,
Não violarei meu amor próprio imaculado
Em busca desse amor que me induz ao pecado,
Resistirei as tentações dos meus desejos
De me perder entre loucos beijos.
Buscarei manter essa macula escondida
Que me ficou malgrada nesse sentimento
Que tentei manter como doce alimento
De corações logrados que vivem em sofrimento.
Calarei meu grito a muito contido
E farei dele meu cantar expandido,
Comporei um doce lamento cigano
Que se eternizará entre as fogueiras
Dançado nos acampamentos,
Que será cantado nas tsaras
Nas festas de muitos casamentos,
Na volúpia da dança será vibrante
Entre as ciganas loiras ou morenas
Grandes ou pequenas será apaixonante,
Rodando suas saias coloridas a sorrir
Lançarão olhares encantadores nunca enganadores
Aos kalons e kalderacchi em perfeita união,
Será talvez um hino de amor e doce paixão
Que unirá povos e amantes adentrando o coração
De quem ama de verdade e quer ser amado,
De quem quer dar um amor a ser eternizado
Sem temer nada ou se sentir em pecado,
Pois quem ama é por si só santificado
Jamais poderá ser mal visto ou julgado
Nem mesmo que morra sem ser amado,
Mas guardará em si esse sentimento
Que aumenta a todo momento
Mesmo no coração com ferimento
Borbulhando em sangue rubro,
Tinto como o vinho que nos embriaga
Vermelho como a rosa ofertada.
Não te direi da canção as palavras... (Elgitano/Paulogaliat)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

EU CRIANÇA ANIMAL!...

Tudo que tiver que ser será
O que tiver que vir virá,
Não importa se te arrancaram sonhos
Se te incutiram medos tamanhos,
Nem as decepções que vieram importa.
Agora é olhar pra frente seguir sem medos
Andar de cabeça erguida sem segredos,
O que foi pode até voltar mas nunca como antes,
Talvez mais intenso quem sabe
Ou sem o mesmo encanto,
Mas um dia volta, assim como as voltas do mundo
As estradas se cruzam e as pedras se chocam
As fagulhas reacendem e o fogo arde intenso,
O vento favorece e nos impulsiona pra frente
Nossos sonhos continuam com outras fases,
Outras pessoas surgem em nossas vidas
Outras vidas se misturam e se iniciam
Outros amores surgem e novas emoções
Habitam nossos sofridos corações.
É o ciclo da vida se manifestando
Tudo enfim transmutando.
Quedas acontecem entre tropeços
Decepções surgem em quem confiamos
Traições acontecem quando mais amamos,
Ilusões nascem em expectativas amorosas
Mas isso é vida é movimento,
Até um olhar de momento.
Desejos tantos guardados
Juntamente planejados
De lado foram deixados
E simplesmente nos sentimos magoados,
O ser humano tem essas surpresas
E corroboram quebrando promessas,
Fazendo juras e planos que não cumprem.
Sábios são os animais que nada dizem
Simplesmente se manifestam e fazem,
Vivem os momentos com intensidade
Se expressam sem falsidade,
As crianças em sua inocência
Assim também fazem
Brincam beijam e se jogam
Sem medos sem consequência.
Sou um pouco assim
Criança e animal
Sem querer ferir
Sem mentir
Nem fazer mal. (Elgitano/Paulogaliat)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

BEM VINDA AO MEU MUNDO!

Não me subestime
Posso não ter um belo porte
Mas meu interior é bem forte,
Hoje me vez assim maltrapilho
Largado e perdido já enrugado
Pelo tempo brutalmente castigado,
Velho! me chamam com desdém,
As vezes até me jogam algum vintém
Mas não estou mendigando
Estou pelo mundo perambulando,
Apesar de ter passado o tempo
Ainda sonho poder reencontrar
Quem me encantou e me ensinou a amar.
Por alguma obra malfazeja ou invejosa
Arrancaram de mim aquela criatura dadivosa
Linda sem maculas e a transformaram...
Incutiram em sua mente sonhos ilusórios
Se perdeu entre outros braços e aventuras
Se entregou aos apelos desmedidos das loucuras,
De noites fantasiosas se uma efêmera paixão
Se deixou perverter e assim me arrancar o coração,
Se embrenhou entre mundos escusos da boemia
Me deixei desgastar pelo tempo e desespero
Desse incontido amor que é minha agonia,
Trago em meu silencio minha perene fantasia...
Embaixo do manto noturno sonho
Meu sonho de amor muita alegria
Falo aos astros e na poeira das estradas componho
Versos que o vento vem apagar e consigo levar
Toda dor que exponho nesse meu desabafar.
Sou andarilho sem destino que busca resgatar
Quem queira a meu lado caminhar,
Apreciar as noites estreladas e o luar,
Uma canção antiga e alegre cantar
O mal e a tristeza para bem longe enviar.
Mostrar que apesar de tanto penar
Tenho meu mundo que é só amor
Onde não se conhece desafeto e dor,
Me dê a sua mão e vem comigo ser feliz
Vem sem medo sem falsa promessa
Vem comigo que a hora é essa
E eu te direi sorrindo abertamente
Bem vinda ao meu mundo! (Elgitano/Paulogaliat)

POR ONDE ANDAS?

Por onde vais cavalheiro?
Que estradas caminhas cabisbaixo
Embora teu porte seja altaneiro?
Tua armadura arrebentada
Mostra bem as batalhas que tivestes,
Teu cavalo cansado denota longa a cavalgada
Necessita repouso para enfrentar a invernada,
Tua garganta seca pede um bom gole de vinho
Tuas roupas surradas já desgastado o linho
Teu corpo ferido das lutas reclama carinho
Porem teu olhar se perde pelo longo caminho
Que pretendes trilhar e voltar a batalha
Que mesmo vencida é infindável!
Lutas pelos teus ideais de todos tão secretos
Fazendo teu semblante triste e circunspecto,
Burlas o sono que te inquieta travas o peito
Que aceleradamente te aperta.
Sentes saudades de tempos felizes
Onde o amor e os sonhos eram parceiros...
Hoje estás só entregue a tua luta
Saboreias o amargo de tuas dores
Entre perdidas lagrimas que lhe caem
Pelo rosto sofrido e morrem em teus lábios
Com um gosto amargo de abandono...
Por onde vais cavalheiro?
De onde te vem tanta força?
Sofrestes mazelas insuportáveis
Fostes ferido em tuas andanças
Porém nunca te rendestes a mudanças,
Buscas incansável com muita esperança
Resgatar o que te tiraram no passado,
Tuas lutas ainda são muitas
Pois tua guerra ainda continua,
Porém venceras a ti mesmo
Porque necessitas lutar
E destruir a tristeza em ti,
Precisas renovar teu animo
Pois a derradeira luta a ti trará
A sonhada vitoria de teu amor reconquistar! (Elgitano/Paulogaliat) 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

AMOR E RAIVA....

Queria poder te dar o mundo
Não sei o que fazer para te agradar
Tento de todas as formas te fazer feliz
Busco coisas que nem mesmo sei o que,
Tudo para tentar te chamar a atenção
Vou fundo grito clamo chamo e nada...
Que devo fazer então?
Já te mandei flores
Para amenizar tuas dores,
Já te telefonei e dava caixa postal
Ou fora de área ou desligado,
Você deve ter trocado o chip...
Te mandei email e estava bloqueado
Te mandei mensagens e scraps e deletastes
Das redes sociais me excluiu,
Te mandei tantas coisas e tantas vibrações
Que os santos e anjos se encheram!
Quer saber de uma coisa?
Vou te ignorar e te mandar pastar
Vou te mandar a outros lugares,
Que se dane seu descaso e sua insensibilidade
Que se dane seus amigos e seus rolos
Que se dane seu coração e seus sentimentos
Que se danem suas lembranças e seus lamentos
Que se dane seu arrependimento...
Cansei de ser bonzinho, legalzinho
E toda essa frescura que termina em Zinho.
Sou mais eu e garanto que não morrerei só
Tenho minha família meus amigos e meu amor
Eu me amo acima de tudo e vou me amar mais ainda,
Até tentar te escrever uma poesia tentei
Busquei parceria para te cantar uma canção
Que te tocasse o fundo do coração e foi em vão,
Me cansei de tentativas, me cansei de correr atrás
Vou cuidar de mim da minha vida e ser feliz
Claro que quem ama jamais esquece e eu não te esqueci,
Mas vou tentar te esquecer ou quem sabe te matar em mim
E se não der nem sei o que fazer, acho que vou a morte esperar...
Quem sabe assim eu te esqueça?
Hiii lembrei que te jurei amor eterno!
Agora é que a coisa danou mesmo!
Pois por mais que te tenha raiva
Que te queira esquecer,
Sem teu amor não sei viver! (Elgitano/Paulogaliat)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

PORQUE SENTIR DOR?

Porque são nossas dores
Provindas de amores?
Amores trágicos
Amores dramáticos
Amores ternos,
Amores apaixonados
Amores abandonados,
Tantos incompreendidos
Tantos ignorados largados
Mas porque se chama amor
Se só provoca em nós a dor?
Dor quer queima e dilacera
Que num peito se encerra
Que nas noites solitárias
Nos faz escravos de lembranças
Aumentando em nós a esperança
De um dia o ver renascer das cinzas
Como a fênix a revoar para a vida.
Ah o amor esse sentimento doloroso
E ao mesmo tempo tão pretensioso,
Porem sempre cá dentro esperançoso.
Amor tantas vezes cantado em eternas canções
Que alimentam ainda mais nossas paixões
Que nos fazem viajar em loucas visões
Perdidos na tristeza de nossas solidões
Embalados por fantasiosas imaginações
Entregues a solitárias noites de perdições
Perdido por fim na viagem dos corações
Que gritam em si essa dor tamanha
Que se manifesta em lagrimas perdidas
Em nossa face e que morrem em nossas boca
Sedentas do beijo ultimo que não foi dado
Do carinho que tem sido loucamente buscado,
Das sensações tantas guardadas e desejadas.
Sabor amargo que queima o salivar
Quando nos vem fazer lembrar
Esse amor que não quis voltar
Que foi talvez se aventurar
E que vive no outro a torturar
Sempre lhe fazendo lembrar.
Amor que machuca enfim
Mas que faz ser feliz por fim
Se um dia voltar pleno arrependido
Quem sabe mais intenso mais enriquecido,
Esperança é o que resta a quem ama  
Que morre para o mundo mas revive para amar
Quero amar de novo, sentir as mesmas emoções
Vibrar de intensa vontade de voar
E solto meu grito pelo mundo libertar
Explodir esse peito de alegria por voltar a amar,
De morrer de desejos incontroláveis da paixão
Ah como eu quero de novo sentir essa emoção! (Elgitano/paulogaliat)