quinta-feira, 17 de abril de 2014

VIVA A VIDA!...

E o amanhecer chegou a nos despertar,
Trouxe consigo a certeza de uma nova vida
De um olhar com mais esperança
Da alegria de ser como criança,
Abobalhado com novidades e ignóbil...
Desatualizado das mazelas por ser sonhador
Mas ciente das dores que sinto como sofredor,
Tanta injustiça e desafeto existe no mundo
Que raças de animais se extinguem e de humanos
Que são discriminados por cor ou cultura diferente.
Crianças jogadas nas ruas a própria sorte
Algumas encontram comida e outras a morte,
Animais agredidos e expulsos sem piedade
Mortos e disputadas sua pele por vaidade,
Amantes abandonados em solidão perene
Amargando dores do descaso e desamor
Sofrendo em si as feridas feitas por um amor
Que não soube dar o verdadeiro valor...
As dores são tantas a permear esse mundo
Sejam nas relações ou no respeito a vida
Que já não se sabe se vale a pena viver,
O amor perdeu guarida nos corações
Hoje a humanidade quer outras emoções.
Se perdem em devaneios e torpes sentimentos
Que permeiam e apodrecem todo o ser
Fazendo que esqueça lindos momentos
Vividos em harmonia seja apreciando um alvorecer
Como essa manhã a se anunciar para um novo viver
Deixando a sensação de paz e muita harmonia
Despertando a inocência da criança em alegria
A se expandir desgastando toda sua energia
Entre saltos pulos e danças que nos invadem
Que nos fazem querer ser sempre assim,
Esse ser angelical sem máculas sem culpas...
E o amanhecer chegou assim por fim
Trazendo flores risos perfumes e harmonia
Numa conjugação prefeita da divindade
Que existe em si em mim em nós nessa sintonia
De sermos ainda passiveis de salvação,
Nos vendo com mais amor e respeito
Numa interação plena de paz e união.
Abramos pois nossos corações ao amor
E sejamos merecedores dessa dádiva divina
Exultemos a alegria de sentir da vida esse sabor
E assim quem sabe possamos a ela dar valor? (Elgitano/Paulogaliat) 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

VONTADE DE GOZAR!...

Noite fria corpos quentes
Num calor interno que alucina,
Desejos reprimidos a tempos
Fantasias que desnorteiam
Sentidos que os órgãos permeiam
Vontades que se manifestam,
Libidos que se liberam
Num despertar de hibernação
Que se sente quando se vive em solidão.
A sensualidade por pequena que seja
Faz acontecer sem querer incontrolável tesão,
Traz lembranças de tantas situações
Revivem antigas emoções...
Despertam desejos adormecidos
Fazem querer sentir o gozo reprimido
Num se tocar e imaginar ser correspondido,
Ah vontade louca de querer se dar a outrem
Proporcionar prazer e sentir prazer com alguém
Mas que fazer se a solidão te deixa aquém?
Só resta satisfazer a sós suas fantasias
Fechar os olhos e viajar entre utopias,
Se masturbar sem limites nessa magia
De ter alguém a seu lado nessa noite fria
Se enroscando em seu corpo sem limites
Se entregando sem frescuras com ardor,
E então o imaginário parece ser real
Já se deslumbra e se sente o sensual
Em si a crescer de forma fenomenal
Em sua mente a te enlouquecer,
No ímpeto do desejo de se sentir prazer
Gemes urras e te contorces a se tocar
Pois já não consegues controlar
Esse desejo louco de por fim gozar!... (Elgitano/Paulogaliat)

domingo, 13 de abril de 2014

ARRANCA MEU CORAÇÃO...

Que posso te ofertar agora?
Se te dei tudo de bom que podia
E me negastes um pouco de alegria
Em momentos que meu coração por ti explodia,
Me deixastes a própria sorte quem sabe a morte
Que de longe me acena e me tenta seduzir...
Que mais te posso ofertar então?
Se me tirastes quase fora o coração
E me deixastes prostrado sem direção?
Me fizestes perder tudo enfim até a razão,
Pois me embrenhei sem medo nessa emoção
Me rastejei com um verme pelo chão,
E tudo pelo mínimo de sua atenção...
Queres que saque então meu punhal
E me dilacere o peito a arrancar o coração?
Me diga pois ingrata criatura que danças alegre
Entre as salamandras a festejar teu feito
Qual foi meu pecado ou meu defeito?
Porque me envolvestes assim tão encantadora
Me seduzindo com esse jeito frugal,
Que me alucina e me faz ferver o sangue
De desejos transformadores que me faz animal
Em pleno cio perdido nas matas do mangue
Fétido que circunda a cidade e devora-me as carnes
Nesse lodo da perdição por uma louca paixão..
Ah cruel desejo e abominável pensamento
Que me faz passar por esse triste momento
Ao escutar ao longe os violinos de uma festa
Que me devora entre dores do tormento
De te querer totalmente entre meus braços
Envoltos sob a luz da lua nos amando nesses laços
Da paixão e dos desejos nas noites que te almejo,
Te peço nada mais que um simples beijo
Onde te farei sentir com todo ardor
Esse fogo que me consome que me deixa essa dor
De não ter pra mim seu tão sonhado amor...
Ah criatura de olhos misteriosos e sorridentes
Vem e me faz o que bem te aprouver
Mesmo que nada mais me reste senão o morrer
E deixar que me queime o coração
No fogo fátuo dessa louca paixão!... (Elgitano/Paulogaliat)

EM BUSCA ....

Não sonho mais...
Pois os sonhos são irreais,
Imagens de um imaginário
Que me povoam os pensamentos.
Prefiro estar acordado e ver o que acontece
Do que dormir e sentir que a vida se desfalece.
Vejo de olhos bem abertos o que se passa
Embora lembranças envoltas em fumaça,
Se percam com o tempo que loucamente embaça,
Minha vista já cansada de ver tanto desatino
Que permeiam meu caminhar sem destino...
Sou desse mundo tresloucado o andarilho,
Que busca se desviar sempre do empecilho
Dos encontros desejados que sua alma encerra,
Talvez quem sabe em meu caminhar taciturno
Encontre respostas que busco em outra terra?
Pode ser que até mesmo do alto de uma serra
Quando da noite o negrume me venha soturno,
E me encontre na solidão desse momento noturno
A luz da consciência me mostre com sorte,
Quem sabe as respostas antes que me leve a morte?
Não sonho mais portanto!          
Pois sonhos me provocam o pranto
Das desilusões que me ferem tanto,
Que me jogam nesse abismo de sofrimento
Que as vezes me relembro o momento,
Quando me surge gritante em pensamento
As agonias ainda presentes de todo tormento
Que é ser só e viver meu destino em desalento...
Ah desventura que me sufoca e me atormenta!
Vai embora e me deixa a paz que se me apresenta
Em véus brancos e transparentes numa dança de acalanto
Que me envolve desejoso nesse ritual de encanto...
Vem e me leva oh paz entre devaneios com tua nudez
Me possua me domine me faça teu refém de vez,
Pois já não suporto tanto sofrimento e solidão
Que me fere profundamente esse maltrapilho coração!
Vem e me arranca te peço desse viver agonizante
Que é meu caminhar perdido vazio e inconstante
Em busca de respostas que me estão distante,
Como as estrelas que nesse céu límpido vejo
Em volta da lua a enviar-me cálida um beijo,
Que me alivia as vezes e me faz assim desejar
Cada vez mais e mais poder respostas encontrar
E assim por fim todo meu ser se entregar,
E finalmente realizado docemente descansar
E quem sabe poder então sonhar? (Elgitano/Paulogaliat)