domingo, 13 de abril de 2014

ARRANCA MEU CORAÇÃO...

Que posso te ofertar agora?
Se te dei tudo de bom que podia
E me negastes um pouco de alegria
Em momentos que meu coração por ti explodia,
Me deixastes a própria sorte quem sabe a morte
Que de longe me acena e me tenta seduzir...
Que mais te posso ofertar então?
Se me tirastes quase fora o coração
E me deixastes prostrado sem direção?
Me fizestes perder tudo enfim até a razão,
Pois me embrenhei sem medo nessa emoção
Me rastejei com um verme pelo chão,
E tudo pelo mínimo de sua atenção...
Queres que saque então meu punhal
E me dilacere o peito a arrancar o coração?
Me diga pois ingrata criatura que danças alegre
Entre as salamandras a festejar teu feito
Qual foi meu pecado ou meu defeito?
Porque me envolvestes assim tão encantadora
Me seduzindo com esse jeito frugal,
Que me alucina e me faz ferver o sangue
De desejos transformadores que me faz animal
Em pleno cio perdido nas matas do mangue
Fétido que circunda a cidade e devora-me as carnes
Nesse lodo da perdição por uma louca paixão..
Ah cruel desejo e abominável pensamento
Que me faz passar por esse triste momento
Ao escutar ao longe os violinos de uma festa
Que me devora entre dores do tormento
De te querer totalmente entre meus braços
Envoltos sob a luz da lua nos amando nesses laços
Da paixão e dos desejos nas noites que te almejo,
Te peço nada mais que um simples beijo
Onde te farei sentir com todo ardor
Esse fogo que me consome que me deixa essa dor
De não ter pra mim seu tão sonhado amor...
Ah criatura de olhos misteriosos e sorridentes
Vem e me faz o que bem te aprouver
Mesmo que nada mais me reste senão o morrer
E deixar que me queime o coração
No fogo fátuo dessa louca paixão!... (Elgitano/Paulogaliat)

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