quinta-feira, 19 de março de 2015

CAVALHEIRO DO AMOR!...

Sobre o meu cavalo vagueio o mundo
Entre colinas, montanhas, pradarias e serras
Buscando até em outras terras,
Respostas que não encontro e me lanço ao fundo
De um abismo tamanho absurdo e profundo
Travo batalhas em infindáveis guerras
Do meu consciente inconsciente do que é real...
Não me rendo a tentações constantes
Que me vagueiam o pensamento nesses instantes,
Mesmo a vinda da Deusa com seus sortilégios
Me entregando sedutora tantos privilégios
Acompanhada de sua corte mágica
Tentando me envolver com sua nudez sedutora
Despertando em mim devaneios eróticos,
Tentando me fazer pecar e tudo abandonar
Em troca de infinitas noites de volúpia
Perdido entre minhas carências frenéticas...
Me ergo relutante dessas constantes visões
Que me assolam a mente e me dominam o corpo
Me fazendo perder excitado nessas emoções
O controle da minha busca incansável de um outro corpo...
Brado então o grito contido do gozo a muito retido
Apertando em minha mão em empunhadura já perdido
Excitado e latejante este pedaço de músculo endurecido
Que como uma espada começo a bramir....
E a Deusa sorrindo maliciosa se joga por sobre mim
Me tomando como um cavalo me cavalga por fim
Tresloucada mulher insaciável a balançar os seios
Que sugo loucamente a me embebedar com seu leite
E ela gemendo delirante em infinito deleite
Me arranha o peito me arrancando urros desses anseios
Que trago em meu ser a muito guardado com ardor...
E no afã dessa luta entre o sonho e a realidade me deixo levar,
Pois posso reparar entre o sorrir da Deusa o teu sorrir!...
Descubro então das respostas a tempos a procurar
Que tua presença se faz em mim e em todo lugar,
Que me tomas até o pensar quando estou a sonhar
Me dominas inteiramente até por fim gozar,
E em forma da Deusa que tudo rege na natureza
Te esvais entre as nebulosas de um sonho
De que acordo extenuado e tristonho
Pois ainda não sei dominar tamanha fraqueza...
Te busco nas noites insone onde em odes componho
As burlescas visões de um velho cruzado perdido
Entre a realidade e a imaginação de um coração ferido...
Longe de tudo e de todos em suas andanças solitárias
Pelas madrugadas insone sonha o velho guerreiro
Em resgatar com brio esse sentimento por inteiro
Como se fosse em toda sua vida o primeiro...
Eia pois de mim valente e decidido cavalheiro,
Pois que distante de meu corpo te projetas
E nas tuas lutas te deixas ferir pelas setas
Das miragens da Deusa a te lançar no coração
Impiedosamente em teu exílio de solidão
As agruras que te causam tanta dor,
Pois que buscas incessante em todo lugar
Aquela que por fim te recompensará
Te entregando inteiramente o coração
Te livrando por fim  desses sofrimentos
Ao te dares as respostas com todo seu amor,
E assim por fim terão nesses doces momentos
Os prazeres tão desejados de incansáveis amantes
Que se entregam em sintonia plena e prazerosa
Com jubilo e tamanha harmonia por fim!... (Elgitano/Paulogaliat)

COM TODO MEU AFETO!

Entre nuvens carregadas de negrume,
Vejo em mim instantes de solicitude
Que me abarca o coração excitante
Do desejo de dar de mim o melhor
Em prol dos que se sentem solitários!
Quisera poder arrancar todas as dores
Dos que se perderam entre falsos amores
E se prostraram em desespero a chorar,
Foram noites de angustia num silente gritar
Suas lamurias ecoando em seu interior a sangrar...
Feridas que dilaceram corações apaixonados
E que matam aos poucos tantas esperanças,
Esperança de se redimirem de impensados atos
Que destruíram tantos sonhos e desejos alimentados,
Entre juras e beijos em um momento trocados
Que cessaram sem motivos desfazendo alianças...
Desvairados sentimentos que buscam loucamente
Aplacar seus devaneios e carências tão somente
Para por fim sentir em si a paz e a felicidade
Sem sofrer ainda mais tanta atrocidade
Ao relembrar tantos momentos com saudade...
Ah quem dera pudesse me dar ao mundo
Para aplacar tantas dores em um segundo
E assim ver feliz toda gente a brilhar seu sorriso
Que me faria sentir como se estivesse no paraíso,
Então me dirão os insensíveis que sou sem juízo
E eu lhes respondo sem me arrepender,
Sem juízo são vocês que não sabem o que é o amor
Que nunca sentiram em seu interior esse doce prazer
De se dar e receber sentimento de tamanho valor,
E por isso fazem sofrer a quem lhes quer com ardor!
Mas dia virá que pagarão na mesma moeda essa dor
E eu sem juízo lhes estenderei minha auspiciosa mão
Em socorro e solidariedade a fim de lhes restaurar o coração!
(Elgitano/Paulogaliat)