quarta-feira, 4 de setembro de 2013

TORTURANTE PAIXÃO!....

Que mistérios se ocultam em seus pensamentos?
Que culpas torturam seus pensamentos?
Que medos povoam seus pensamentos?
Que desejos devoram seus pensamentos?
Quem agora vive em seus pensamentos?
Tantas indagações,
Tantas divagações,
Tantas emoções...
Porque não assumir esse sentir
Esse querer sem a si mesmo mentir?
Porque esperar o amanhã incerto?
Porque se deixar assim em aberto?
Duvidas, medos e tantas perguntas,
Se na verdade o que se quer
É sentir da vida o puro querer
Na intenção de se satisfazer
E a solidão por fim preencher
Com intenso prazer
Com quem não se consegue esquecer?
Porque se furtar sentimentos
Que não te saem do pensamento?
Que te trazem do passado os momentos
Que te fizeram ser feliz sem tormentos?...
Ah lembrança que invade a mente
Nesse momento silente
De se estar só e dolente...
Trazendo no corpo o ardor
Do desejo que  deixa o torpor
Desse prazer contido
Que jamais será esquecido....
Ah vontade indomada
Que vem na madrugada
Entorpecendo o corpo
Acendendo  o desejo
De sentir de novo o beijo,
Que desperta no coração
A saudosa paixão!...
(Elgitano/Paulogaliat)

ROSA MENINA, MENINA FLOR!..

E então a noite se fez silente
Não mais as musicas de outrora
Trazendo lembranças de tempos
Onde se perpetuavam lembranças
De amores e tantos encantos...
A menina tão doce e inocente
Ficou triste e silente a olhar atônita
A escuridão da noite de onde vinham
Seus sonhos em forma de sons...
Nas musicas de então tanta coisa brotava
Emoções que se sentia e ao coração emocionava,
E a menina bailava e cantava
Encantada com uma voz que lhe falava
De coisas que lhe acalentava,
E ela então escrevia seus sonhos,
Mas não se emocionava com o poeta
Que também naquele silencio lhe declarava,
Em versos tantos e até medonhos
O que sentia no coração que tanto gritava
Mas seu grito era silente pois se exprimia
Em versos dolentes sua paixão pela menina,
Que a seu ver era da pureza a mais bela flor
Que lhe encantava em sorrisos dados em imagens
Exprimindo seu poder sedutor,
Que o poeta desvairado e perene adorador
Lhe compunha e dizia em versos sua dor
Nas noites de sonhos da menina flor,
Que entre musicas dançava sem pudor
Nua entregue a seus delírios de amor,
Sem nunca confessar também seus segredos
Porque nas musicas que escutava expulsava seus medos,
Quebrando da noite o silencio expurgando de si sentimentos
Que a seu ver eram mortais e ao mesmo tempo envolventes,
Que desejava sentir em si e se entregava na dança silente
De seu corpo em volúpias de prazer a escutar a musica,
Feiticeira e mágica no silencio da noite lhe trazendo sonhos
Se entregando entre sons a delírios tantos e tamanhos
Que ninguém sabia senão seu próprio corpo alvo e ardente
Em frenético desejo solitário se tocando na cama dançando...
Gozava então a menina entre sonhos gritando seus sonhos
Como o poeta em seus versos medonhos...
Ambos menina e poeta se apaixonavam
Aos sons da noite se entregavam,
E mesmo distantes um no outro se desejavam
E entre sons encantadores da magia gozavam
E viam em seus sonhos cores tantas e se ruborizavam,
E então como magia a menina em doce flor
Numa rosa se transformava e o poeta de tanto amor,
Seus versos lhe cantava as odes como um grito
Perpetuado na escuridão da noite essa sua dor!...
Menina flor, doce meiga e malvada , desejosa e jocosa
Agora não escuta mais as musicas da magia
Se sente perdida e vazia,
E o poeta choroso saudoso amoroso
Se perde em rimas compondo seu poema
Profundo pra ofertar à rosa menina seu amor
Em trovas dolentes pra ela assim não sentir a noite vazia!.. (Elgitano/Paulogaliat)