Sigo silente
minha estrada entre descaminhos
Tentarei não
mais buscar teus carinhos,
Me calarei
altivo diante do teu descaso
Fecharei as
janelas e portas do acaso
Viverei essa
amargura de exilado
Trapo velho
corroído e abandonado,
Coisa mal
usada e de lado largado
Objeto inútil
e ser desprezível cheio de pecado.
Acreditei em
tantos argumentos
Me iludi na
fantasia de juramentos
Planos tantos
sonhados e elaborados
Numa harmonia
perfeita de enamorados...
Mensagens trocadas
intenções declaradas
Olhares inquisidores
em noites estreladas
Sorrisos de lascívia
e malicia sedutores
Despertando desejos
loucos de dúbios sabores
Entrega plena
entre delírios de gozos tantos
Onde nessa
orgia do prazer éramos os santos
Numa cerimônia
celestial de pura sinceridade
Onde não cabia
falsidade e maldade,
Onde foram
parar esses momentos?
Que hoje na
distancia se transformaram em tormentos?
E as juras
trocadas porque foram quebradas?
Te amei como
eras nada exigi e assim te adorava
Nos afastaram
as duvidas e as palavras da eloquência
E também certas
influencias por conveniência!
Te quis como
te conheci te amei como te vi
Pois me
fizestes feliz e então em ti revivi...
Te amo como
és; louca, sensata, briguenta ciumenta
Meus sentimentos
a cada momento por ti aumentam
Mas mesmo
assim minhas palavras se silenciam
Pois farei
desse meu silencio meu brado maior
Desse grito
sufocado que está cada dia pior...
Subirei ao
alto da montanha e de lá gritarei a minha dor
Que repercutira
entre os astros e estrelas como um clamor
E chegará a
ti através do vento ou no cantar dos pássaros em louvor em cada amanhecer,
Minhas queixas
e lamentos dessa dor que me faz sofrer
Dia e noite
nessa distancia por te ter tanto amor!.. (Elgitano/Paulogaliat)