sábado, 16 de agosto de 2014

BRADO DE AMOR...

Sigo silente minha estrada entre descaminhos
Tentarei não mais buscar teus carinhos,
Me calarei altivo diante do teu descaso
Fecharei as janelas e portas do acaso
Viverei essa amargura de exilado
Trapo velho corroído e abandonado,
Coisa mal usada e de lado largado
Objeto inútil e ser desprezível cheio de pecado.
Acreditei em tantos argumentos
Me iludi na fantasia de juramentos
Planos tantos sonhados e elaborados
Numa harmonia perfeita de enamorados...
Mensagens trocadas intenções declaradas
Olhares inquisidores em noites estreladas
Sorrisos de lascívia e malicia sedutores
Despertando desejos loucos de dúbios sabores
Entrega plena entre delírios de gozos tantos
Onde nessa orgia do prazer éramos os santos
Numa cerimônia celestial de pura sinceridade
Onde não cabia falsidade e maldade,
Onde foram parar esses momentos?
Que hoje na distancia se transformaram em tormentos?
E as juras trocadas porque foram quebradas?
Te amei como eras nada exigi e assim te adorava
Nos afastaram as duvidas e as palavras da eloquência
E também certas influencias por conveniência!
Te quis como te conheci te amei como te vi
Pois me fizestes feliz e então em ti revivi...
Te amo como és; louca, sensata, briguenta ciumenta
Meus sentimentos a cada momento por ti aumentam
Mas mesmo assim minhas palavras se silenciam
Pois farei desse meu silencio meu brado maior
Desse grito sufocado que está cada dia pior...
Subirei ao alto da montanha e de lá gritarei a minha dor
Que repercutira entre os astros e estrelas como um clamor
E chegará a ti através do vento ou no cantar dos pássaros em louvor em cada amanhecer,
Minhas queixas e lamentos dessa dor que me faz sofrer
Dia e noite nessa distancia por te ter tanto amor!.. (Elgitano/Paulogaliat)

Nenhum comentário: