Silencio é o que ouço aqui
distante
Te escrevo coisas a todo instante
Nas areias dos meus pensamentos
Que te buscam em todos os
momentos
Entre rostos e corpos perdidos na
multidão
Que se misturam num burburinho
alucinante
Como se fosse de Dante o inferno
escaldante
A queimar-me as entranhas a todo
instante
Que te busco seja onde for e não te
encontro...
Ah dor atroz que me dilacera e me
corroí
Como chibatas incansáveis a me
rasgar as carnes
Numa tortura constante dessa
saudade que tanto dói
Fazendo sangrar esse já dilacerado
coração
Carente de tua presença que me trás
tanta emoção
E as palavras que escrevo nas
areias de meus pensamentos
São apagadas com o soprar do
vento de teu esquecimento
De tua ausência constante nesses
meus momentos
Momentos de sonhos e desejos
tantos e tamanhos
Que não imaginas os sofrimentos
desse martírio
Que é estar assim distante e sem
poder te encontrar
Sem poder te sentir te ver te
beijar e te tocar...
Ah angustia de um amor inseguro e
distante
Que tanto se sonha e que a alma
almeja
Embora não te veja sempre te
deseja
Nessas noites frias e solitárias tudo
enseja...
Vem quebrar esse silencio
torturante
Me tirar dessa balburdia da multidão
Segurando forte tão ansiosa minha
mão
Que te busca entre delírios a
todo instante
Na lascívia de meus pensamentos
tresloucados
Me tocando e te imaginado estar
em mim...
Vem e juntos vamos nos deliciar
como apaixonados
E nos fazermos presentes a esse
amor enfim! (Elgitano/Paulogaliat)