quarta-feira, 6 de agosto de 2014

CRIATURA DE SEDUÇÃO!...

Que pensas que és para me tentares seduzir?
Uma deusa de encantos irresistíveis talvez?
Vejo tantos rostos lindos sorridentes
Com lascívia no olhar e nos lábios ardentes
A me convidarem para beijos loucos envolventes,
Bem sabes de minha solidão e carência e me provocas.
Tantas imagens a me atentarem como loucas
Em noites de delírios incontroláveis de desejos
Sonhando ser assaltado por alguém nesses lampejos,
Que me arrepiam a pele e me fazem ficar louco
Pernas, braços, olhos, seios, mãos ah as mãos
Essas mãos que são amigas despertando sensações
Em mim mesmo a me tocar de tanta vontade...
E vejo então tua presença me atentando com sagacidade
Fecho os olhos pra não ver tais imagens a me excitar
Mas de nada adianta estás em minha mente somente
A sorrir me enlouquecendo mais e mais intensamente
Mostrando me teus seios de mamilos eriçados e rosados
Vens toda plena a se oferecer se mexendo a dançar,
Embora saiba que não estás aqui sinto teu cheiro
A maciez de tua pele lisa e aveludada no entre roçado
De meu corpo com minhas mãos ávidas de prazer
Me sinto excitado nessa hora sem saber o que fazer
Abro os olhos te procuro e entre nuvens te vejo
Não resisto e tenho impulsos de dar te um beijo
Me dominas nesse instante de fraqueza e me torturas
Me levas a devaneios de sonhos e loucuras....
Te quero agora!  Vem me mata de prazer
Te entregue aos teus delírios também
Sei que me desejas como eu a ti louca criatura
Que me assombra nas noites de solidão em forma de harém
Pois és em uma só criatura mil mulheres sem frescura
Que me saciam com intensidade através de minhas mãos
A te imaginar a se tocar desejosa de ser possuída também... (Elgitano/Paulogaliat)

ESTANTES!

Recostado em minha cadeira
De rodinhas e a balançar,
Olho em volta e fico a pensar.
Nas prateleiras os livros a fitar
Procuro aqueles que ainda vou folhear,
No entanto tenho guardado na lembrança
Tantas historias a me transportar pelo tempo
Pego um livro e vejo na introdução
Uma quadra que me chama a atenção
“sou teu amigo de sempre se me abres te revelo
Muitos segredos e te ouço os teus com tamanho zelo
Mas se me deixas esquecido em um canto,
Como te posso servir e ser teu acalanto?”
Paginas devoro em busca de respostas
Como se quisesse abrir algumas portas,
Na leitura então me absorvo com a mente a viajar,
Numa nevoa me sinto docemente flutuar
A fumaça do cigarro se desprendendo
Forma imagens que me fazem imaginar
Mundos momentos e encantos tantos
Entre teses poemas artigos e assuntos diversos,
E me vejo então preso aos meus próprios versos
Que me surgem na mente de uma forma efervescente
Alguns muito sérios, outros um tanto indecente,
Mas que falam de sentimentos guardados tão somente
Em meu ser que a muito sente vontades e tantos sonhos
Que em um papel a correr os exponho tão tamanhos
E assim minha mente vive o instante intensamente,
Nas entrelinhas desses livros muita coisa posso ver
Algumas me fazem até em algo novo passar a crer,
Mas nada poderá  de forma alguma me fazer esquecer
Que existe em mim uma força suprema a me engrandecer
São meus sentimentos na prateleira de meu ser guardados
Como na estante onde os livros vejo estáticos empoeirados,
Sentimentos que se não forem como os livros apreciados
Serão carcomidos pelo tempo como os livros pelas traças.
E ambos livro e meu ser jamais poderão aconselhar e amar! (Elgitano/Paulogaliat)