quarta-feira, 6 de agosto de 2014

ESTANTES!

Recostado em minha cadeira
De rodinhas e a balançar,
Olho em volta e fico a pensar.
Nas prateleiras os livros a fitar
Procuro aqueles que ainda vou folhear,
No entanto tenho guardado na lembrança
Tantas historias a me transportar pelo tempo
Pego um livro e vejo na introdução
Uma quadra que me chama a atenção
“sou teu amigo de sempre se me abres te revelo
Muitos segredos e te ouço os teus com tamanho zelo
Mas se me deixas esquecido em um canto,
Como te posso servir e ser teu acalanto?”
Paginas devoro em busca de respostas
Como se quisesse abrir algumas portas,
Na leitura então me absorvo com a mente a viajar,
Numa nevoa me sinto docemente flutuar
A fumaça do cigarro se desprendendo
Forma imagens que me fazem imaginar
Mundos momentos e encantos tantos
Entre teses poemas artigos e assuntos diversos,
E me vejo então preso aos meus próprios versos
Que me surgem na mente de uma forma efervescente
Alguns muito sérios, outros um tanto indecente,
Mas que falam de sentimentos guardados tão somente
Em meu ser que a muito sente vontades e tantos sonhos
Que em um papel a correr os exponho tão tamanhos
E assim minha mente vive o instante intensamente,
Nas entrelinhas desses livros muita coisa posso ver
Algumas me fazem até em algo novo passar a crer,
Mas nada poderá  de forma alguma me fazer esquecer
Que existe em mim uma força suprema a me engrandecer
São meus sentimentos na prateleira de meu ser guardados
Como na estante onde os livros vejo estáticos empoeirados,
Sentimentos que se não forem como os livros apreciados
Serão carcomidos pelo tempo como os livros pelas traças.
E ambos livro e meu ser jamais poderão aconselhar e amar! (Elgitano/Paulogaliat) 

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