quinta-feira, 31 de julho de 2014

MEU GRITO!

Talvez te xingue por que me magoas
Talvez te despreze porque me ignoras
Talvez te diga da minha dor em vão
Talvez até te faça um verso de coração...
Mas nada poderá me fazer calar essa sensação
Essa vontade incontida em meu ser arrasado
Que me definha aos poucos a vida já incolor
Alojando em meu peito essa imensa dor
Do teu descaso por te sentir esse imenso amor...
Te delicias ao lerdes meus versos sofridos
Onde exponho todo meu ser entre gemidos
Cálidos gemidos soturnos que se manifestam
Em meus sentimentos puros que restam
Nesse mórbido coração já fragmentado
Renegado por estar em um corpo velho
Trocado pelas ilusões que te conquistaram
Deixando me de lado largado e desprezado...
Velho eu sou porque o tempo foi impiedoso
Porém meu ser ainda é jovem e é carinhoso
Embora me pisem e me magoem sou amoroso,
Tenho sonhos delírios desejos que se remoçam
Quando encontro quem de fato me ama e me quer,
Acreditei no teu amor mas vejo que fui apenas um brinquedo
Achas que me enganas com falsas juras mas me jogas em degredo...
Grito meu lamento aos quatro cantos sem segredo
Pois gritando alivio essa dor que está me matando
E nesse grito expresso deixo em suspenso o que sinto
Pois maior que meu grito é meu silencio te amando! (Elgitano/Paulogaliat)

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