sexta-feira, 30 de maio de 2014

SÓ RESTARAM PALAVRAS...

Que queres afinal de mim
Se me dissestes ter chegado ao fim
Essa relação onde tudo foi dito
Em momentos impensados do conflito,
Palavras foram lançadas como dardos
A ferir um coração transformando-o em cacos...
Palavras trocadas na intensidade da paixão
Juras ditas e feitas com tamanha emoção
Que não se consegue pra essa atitude explicação,
Entre lágrimas houveram pedidos de não se abandonar
De estar juntos a caminhar nesse se entregar,
Palavras ditas gritadas pronunciadas entre prazeres
Jurando amor infinito planejando um novo viver
Palavras digitadas e trocadas no auge da paixão
Sentimentos empenhados sem pensar sem razão
Simplesmente por se querer sentir sem nada esperar
Sem nada querer um do outro ter o que cobrar,
E me vens dizendo palavras de destruição
De completa e insensata desolação
Que me faz estar cada vez mais na solidão...
Que queres afinal de mim?
Locupletar talvez teu lado sádico por fim?
Já não te basta saber ser eu teu escravo na alcova?
Te cansastes então desse trapo e me queres ver numa cova?
Me entreguei sem receios
Escutei teus anseios
Te amparei na insegurança
E me tirastes a esperança
De poder por fim estarmos juntos
Sem medos a enfrentar o mundo
Contra tudo e contra todos
Te esquecestes então de teu choro?
Desesperada a me pedir que te amasse?
Que palavras usastes naquele momento?
Foram então lançadas ao esquecimento?
Palavras, palavras, palavras...
Foi só o que nos restou
Pois o resto no tempo ficou.... (Elgitano/Paulogaliat)