terça-feira, 28 de janeiro de 2014

LEMBRANÇAS QUE MACHUCAM...

Entre sons do silencio me encontro
Gritando em mim desencantos,
Desejos alimentados no entanto
E perdidos nessa imensidão
Da cálida noite da minha solidão..
Grito em mim a ausência do amor
E essa pungente e incomoda dor
Que me queima todo ser e as entranhas
Que alojaram emoções tamanhas,
Entre as deliciosas façanhas
Que nos envolvemos até douradas manhãs
Quando juntos abríamos a janela
E víamos o sol resplandecente
A nos sorrir e nos banhar energeticamente
Nus e felizes esparramados na alcova
Abraçados e com os pássaros encantados
A nos trazer sua melodiosa canção matinal,
O verde da pequena mata no seu quintal
Completava a harmonia do momento
Que agora me vem no pensamento
Aumentando ainda mais esse tormento
Pois tudo era magia alegria e poesia!...
De tudo restou apenas tristeza e agonia,
Essa agonia atroz que tortura a lembrança
Me fazendo gritar silente por dentro essa dor
Que nada mais é senão a falta do teu amor!.. (Elgitano/Paulogaliat)

CORAÇÃO SANGRANDO...


E me perdi entre sonhos
Desejos esquecidos
Ilusões descabidas
Viagens imaginarias
Que alimentei nesse amor
Que só me trouxe dor...
Tantas noites sem dormir
Na esperança de no porvir
Voltares graciosa e me querendo,
Passei noites a admirar estrelas
Acreditando que estavas entre elas
Mas estavas no entanto entre outras bocas
Entregue a outros corpos que te deliciavam
E eu como sonhador que sou acreditava nesse amor...
Louco amor que cheirava a raros perfumes
Que me deixavam em devaneios,
Hoje desperto para a realidade sinto no ar
Não mais os perfumes mas do sangue o cheiro
Que me invade as narinas vindo de meu interior
Pois que me sinto do peito sangrar esse coração
Que te ofertei por inteiro e sádica nele pisastes,
Me estraçalhastes este órgão que alojava o amor por inteiro
E por tempos te fez feliz e te foi companheiro...
Ah dor infernal das lembranças que me invadem
Ah sangue que me ferve nas veias em borbotões
Manchas agora os lençóis em que nos amamos
E escorre pelo chão em que pisamos outrora,
Me sinto afogar nesse caudaloso liquido
Que me leva aos poucos a vida embora
Pois que agora nada mais resta senão morrer
E quem sabe do infinito tentar esse amor reviver!.. (Elgitano/Paulogaliat)