domingo, 10 de novembro de 2013

JURAS QUEBRADAS....

E então veio um outro dia
Os olhares perdidos emoção vazia
Buscando resgatar o que se dizia
Momentos de tanta alegria
Agora essa saudade doentia
Deixando cada vez mais a cama fria
Os corpos saudosos agora esfria
Emoções que tanto aprazia
Amantes que nem se viam
Mas se falavam se curtiam
Em desejos acalentados
Em sonhos cultuados
Em fantasias excitantes
Que a ausência torturante
Faz aumentar a cada instante
A imaginação vibrante
De imagens insinuantes
Que lhes traz o gozo delirante
Na solidão constante...
Ah desejo que mata
O pensamento devasta
O corpo nessa vontade vasta
De se sentir ao outro entrelaçados
Gemendo se entregando abraçados
Depois já dormente e cansados
Os amantes saciados
Se olham sorridentes
Entre caricias tão contentes
Se beijam e juram silentes
Jamais ficarem um do outro ausentes...
Ah pérfido juramento
Que só vale no momento
Pois quando se ausenta do pensamento
Trás enfim o sofrimento
Daquele que deixou o esquecimento
Apagar tão lindo envolvimento...
Juras quebradas
Palavras trocadas
Sensações evitadas
Desencontros e solidão
É o que resta a um coração
Que se alimenta de imaginação
Nessa louca paixão!... (Elgitano/Paulogaliat)