domingo, 30 de março de 2014

NÃO ME IMPORTA!

A mim não importa
Que me fechem na cara a porta
Que eu não siga regras
Pois já se vive as cegas,
Não importa as convenções
Nem tão pouco tantas opiniões
Pois o que vale são as emoções,
Já me deram chutes na bunda
Já me vi afundar na fossa mais profunda
Já caí e me lasquei me arranhei
Perdi muitas coisas que ganhei,
Me tomaram o que conquistei
Fiquei puto e reclamei
Até me sentir frágil, e chorei...
Chorei não por sentir magoa
Nem por sentir no corpo as dores
Das sacanagens e dissabores,
Chorei por descobrir que sou humano
Frágil limitado descabido da maldade
Que permeia esse mundo de falsidade
Onde o que vale de verdade é a comodidade
É o ter status social e muito dinheiro,
Se perdeu o sentido de se ser companheiro
De se doar e ser solidário fazendo a caridade.
A mim não importa
Esse tipo de gente que ignora esses valores
Pessoas que só disseminam dissabores,
Que ignoram sentimentos e amores
Pessoas que se sentem acima de tudo,
Que desprezam uma sincera amizade
Que fazem só por interesse alguma caridade,
Se envolvem em ações por popularidade
Buscam viver a vida sem simplicidade
Querem muito mais austeridade.
A mim não importa
Estender a mão a quem só me deu porrada
A ajudar quem de mim fez escárnio
Que se omitiu quando precisei de ajuda
Pois me dou sem nada pedir em permuta,
Não guardo em mim magoa ou rancor
Pois o que tenho a te oferecer é só amor! (Elgitano/Paulogaliat)

sábado, 22 de março de 2014

NOITES INSONE!..

Um som dissonante
Na madrugada distante
Som de um silencio arfante
Que me sopra o vento na noite
Como um carrasco em açoite
A me castigar o corpo indefeso
E carente esses seus cabelos
Em que me emaranho em êxtase
Viajo entre o real e a fantasia
E o som me chega em calmaria
Imaginando seus gemidos de prazer
A me dizer palavras excitantes
Me excito incontinente nesse instante
Sinto o sangue ferver em minhas artérias
Me perco na volúpia tresloucada a me torturar
Te imagino entre meus braços a se entregar
Sinto seu perfume pós banho a me enlouquecer
Seu sorriso malicioso não consigo esquecer
Suas mãos a me tocar suavemente
Sua pele a se arrepiar sentindo meus beijos
Que te sugam te lambem e te demonstram meus desejos
Te entregas sem resistência com lascívia
Me apertas me conduzes a me oferecer teus seios
Gemes roucamente pedindo que atenda teus anseios,
Me mordes e te seguro firme na cintura a te possuir
Nos perdemos entre gritos gemidos a nos consumir
Esse enlevo selvagem que nos faz tudo isso imaginar
E assim as noites passam a nos torturar
Com esse vento noturno e soturno a soprar
Nos fazendo na distância sempre a sonhar
Com o dia em que iremos nos encontrar
E assim finalmente essa saudade matar
E como nesses nossos sonhos podermos juntos ficar! (Elgitano/Paulogaliat)

AMOR VIRTUAL...

Pode alguém calar sentimentos?
Eles surgem com o soprar dos ventos
Chegam se alojam até o fim dos tempos,
Entra em nosso interior sem pedir licença
Acontece  numa forma de inocência
Num simples olhar, entre palavras trocadas
Entre textos digitados nas insones noitadas
Sem se ter noção de tempo nem distância
Nos faz sentir tanta coisa numa constância
Que machuca marca dói e docemente alegra
Mesmo tão distantes e limitados
Acabamos envolvidos apaixonados
Numa sensação gostosa de magia
Acendendo em nós grande euforia
Que desperta na solidão tanta fantasia.
Fantasias tantas se manifestam com desejos
De se entregar entre loucos e ardentes beijos,
Desejos de se entregar totalmente e ardentemente
Um querer sem controle e que nos deixa abobados,
Coisa normal entre dois seres apaixonados.
É um querer que nos invade gostosamente
Que faz a gente criar expectativas constantemente,
Que dispara o peito ao nos comunicarmos
E nos tira o sono se não conseguimos nos falarmos.
Viajamos entre a inquietação e expectativa
Imaginamos coisas entre nós quando digitamos
Queremos uma relação concreta e bem ativa.
Queremos nos tocar nos sentirmos nos olhar
E num ímpeto emocional queremos muito amar! (Elgitano/Paulogaliat)

quinta-feira, 20 de março de 2014

MENESTREL DA LUA!

Que fazes louco menestrel?
Namoras a lua com fervor
Admiras intensamente o céu
A perscrutar o universo debalde
Bem sabes que ela se esconde
Quando seu amado aproxima
Radiante poderoso e implacável,
Se pretendes dele ela roubar te cuide
Pois seu calor te destruirá.
Não te turves triste ao perde-la
Saibas que ela inspira o amor
Mas não pertence somente a ti,
Pertence a tantos outros poetas
Que como tu ao vê-la se admira e se inspira,
Canta menestrel pois teu canto a desperta
Faz com que ela volte e se mostre esplendorosa,
Espante a tristeza do momento de teu coração
Saiba que mais vale tua arte em forma de canção
Busca alegrar essas noites enluaradas
Entre versos de tuas lamurias nessas toadas
Dedica teu ser entre versar e cantar
E a lua vira embora meio pálida
Entre suas fases tantas mas sempre presente
A te escutar em canto que tanto encanta...
Tantos matizes se lhe surge a lua
Amarela, branca brilhante, cinza, vermelha
Quem sabe a te mostrar que tem sentimentos?
Canta menestrel e alegra pois dos amantes a inspiração
Faz com que assim como tu ao verem a lua com emoção
Se entreguem com muito mais sensação,
Grita meu amigo teu mais forte verso
Faz que tua voz se repercuta aos corações
Entremeada a tristeza e admiração de tuas canções,
Canta o lamento cigano que te prende em nó
Na garganta seca da ansiedade de soltar um dó
Esse tom vocálico em sustenido e agudo
Que fere e desperta de sono profundo
Aquela que se esconde de ti como a lua! (Elgitano/Paulogaliat) 

terça-feira, 18 de março de 2014

REVELAÇÃO!...

Te deixaram ver a face que estava oculta?
Caiu por fim a mascara da hipocrisia
Te revelando por trás a ignomínia
Que te iludia entre falsas promessas
Uma vida de mudanças tantas, homessa!
Não te apercebestes então que era fantasia?
Que buscavas então nesse eflúvio perene?
Talvez a realização de tantos anseios?
Ah quanta loucura se faz num enlevo amoroso!
Se beija a morte como se fosse um anjo
Ignorando o opróbrio de seu ser tenebroso,
Ah minha amada o mundo é assim
Te arrancam o bem para macular te sim
Para te levarem ao fundo do poço
E ali te deixarem em calabouço
Purgando teus dias em sofrimento
Por te dares conta do desapontamento
Que te invade a alma nesse momento.
Não chores querida, vê que ainda te resta vida
Vida de lutas e glórias sempre a te esperar,
Levanta de tua caída e soergues teu altivo semblante
De guerreira destemida em corpo de mulher sofrida
Empunhas tuas armas e vai mesmo cambaleante
Em busca de tuas vitórias pois te resta muito conquistar,
Embora não soubessem que te é mister sempre amar
E com doçura perdoar teus desafetos e carrascos,
Não guardas em teu peito rancor magoas ou ascos
Pois tua origem é divina pura angelical como ser celestial
Tuas mãos não ferem não magoam nem fazem mal
Trata a todos com afeto e carinho por igual.
Tens em ti valor disputado que é um tesouro
Quem dele tem conta sabe que é mais que ouro
E por isso te quer a qualquer custo conquistar
Teu nobre coração disposto a docemente abrigar
Aquele que souber de ti sutilmente aproximar
E tu que tens tanta candura te deixas apaixonar
Pois és romântica e por fim te fazem chorar.
Frágil como a pétala da flor que te encanta
Mas forte como a rocha que ao inimigo espanta,
Assim és divina criatura que tanto fascina
Que te revelam faces ocultas e mascaradas
Nessa tua longa caminhada de muitas estradas! (Elgitano/Paulogaliat)

O QUE TE TRAZEM AFINAL?

O que te trazem afinal?
Te trazem do sol o brilho?
Da lua o resplandecer da magia?
De teus sonhos e desejos a fantasia?
Do ouro o valor de seu poderio?
Das noites a fascinação da aventura soturna?
Dos abraços a sensação da segurança?
Dos beijos a realização dos desejos?
Do se dar a certeza de se sentir amada?
Do desprezar a certeza de que és livre?
Te trazem tantas coisas entre o se dar
Entre ofertas tantas e promessas no falar
Te trazem coisas que te encantam afinal
Te iludem como iludem a criança com algo bonito
Te enganam mostrando a ti o desconhecido
Te fazendo deixar teu sonho agora esquecido
Te  fazem se sentir importante entre títulos
Te auferem quem sabe honoris causas
Te norteiam o ego com coisas tremendas
Te mostram com vanglorias algumas comendas
Se esquecem portanto da simplicidade do ser
Do saber da vivência humilde da gente que ama
Que estende a mão em solidariedade sem nada querer,
Se esquecem de te trazer com alegria tanto amor
Tanto querer fazer o bem sem te ferir e provocar dor.
O que te trazem afinal?
Te trazem o que a natureza de graça te dá?
Te dão por fim sentimentos sem nada pedir?
Se entregam a ti por juramentos a cumprir?
Te fazem promessas que são esquecidas e quebradas
Te deixam por fim sozinha perdida nessas estradas.
Estradas de sonhos de outros que te iludiram e iludem
Que te fazem achar que tudo é divino e maravilhoso
Mas quando se realizam e conhecem o que lhes faz bem
Te deixam esquecida largada quebrantada no fundo do poço
O que te trazem afinal? (Elgitano/Paulogaliat) 

segunda-feira, 17 de março de 2014

TE QUERO!....

Te quero tanto querida!
Que me nasce uma ferida
Dessa dor que me assalta
Ao sentir essa tua falta
Me trazendo a saudade
Que dia e noite me invade.
Olha ao longe as luzes da cidade
A preencher pontos na escuridão
Assim és tu em meu coração,
A luz que me alumia nessa solidão.
Não te quero apenas para meu prazer
Quero também todo bem te fazer,
Não quero me sentir te absorver
Te quero também dar a primazia
De se sentir amada desejada te dar a alegria
De ser valorizada, de poder viver a fantasia
De juntos caminharmos pelos campos
Nos amarmos em noites enluaradas
Na magia de um céu azul e encantado
Numa harmonia de luzes estreladas.
Te quero amar sob a relva fresca dessa noite
Sentir nossos corpos se tocarem
Nossos lábios ávidos se beijarem
Nossas mãos a se procurarem
E por fim na soma de nossos sentimentos
Eternizarmos nosso amor nesses momentos! (Elgitano/Paulogaliat)

domingo, 16 de março de 2014

NOVO DIA!..

A noite se foi levando consigo
Os sonhos e desejos acalentados,
Ocultou entre seu manto misterioso
Tudo aquilo que se imaginou,
Veio o sol resplandecente e radiante
Anunciando um novo dia mais vibrante,
Novos sonhos serão construídos
E na noite solitária revividos...
Esse sol tão intenso e brilhante
Me faz imaginar teu sorriso contagiante
Lindo sorriso que meus dias abrilhanta
Como a luz do sol intensa e fustigante,
A banhar-me inteiro revigorando
Todo meu ser ao te imaginar assim,
Linda sorridente a me encantar sempre
Tens teu próprio brilho que reluz
Trazendo em meu caminhar essa luz
Que alumia por onde vou e me dá energia,
Me renova forças que sentia enfraquecidas.
Seguras minhas mãos e me conduzes
Por estradas seguras e floridas,
Tuas mãos tão ternas e macias que me acaricia
Tocando meu corpo com tanta maestria,
O conjunto se forma entre teu rosto sorridente
E tuas mãos tão ternas e eloquentes.
Não pronuncias uma só palavra e me conduzes
A caminhos sonhados em minhas noites perdidas,
Por fim me alojas entre teus braços carinhosos
Num querer proteger e se dar profundo
E na relva presente a beira dessa estrada
Nos deitamos e sempre entre sorrisos e beijos
Vamos juntos realizarmos nossos desejos! (Elgitano/Paulogaliat)