domingo, 22 de setembro de 2013

LOUCO AMOR!....

Gritos dissonantes
Que repercutem nesse instante
A dor troante
Do desesperado amante
Que arranca de si pulsante
O coração e o lança distante...
Segue adiante
Esse ser horripilante
Desprovido de vida e errante,
Louco desvairado demente
Por desejar somente
Estar sempre presente
Junto a quem infelizmente
Nega seu amor simplesmente
Por desejar tão somente
Ser indiferente
A quem eloquentemente
Se entrega sem precedente
Este amor mormente
De tudo existente...
Quem ama verdadeiramente
É capaz de ato incrivelmente
Tresloucado e arduamente
Preferir a morte intimamente
Deixando em si ausente
O órgão que originariamente
Guarda tão expressivamente
Esse sentimento fremente
Que embora involuntariamente
Se instale ali definitivamente
Faz com quem o sente
Ficar assim subitamente...
Desejando o outro apaixonadamente
Renunciando a tudo indubitavelmente
Pois em si compreende decisivamente
Que amar é tão somente
Se dar inteiramente...
Embora digam que amor
Rima com dor,
É porque não sabem o valor
Do verdadeiro amor!... (Elgitano/Paulogaliat) 

SONHO DE SOLITÁRIO!...

Sou da noite a sentinela
Que não dorme pensando nela,
Passo dias imaginando vê-la de alguma janela
Já pensei em me mudar pra perto dela
Mas tenho medo que fuja como a gazela
Assustada pelas matas a se embrenhar,
E assim não a poderei mais admirar...
Em meus sonhos de lobo solitário
Me vejo num mundo imaginário
Perdido sem noção de horário
A buscando um pouco temerário
Ser em sua intimidade solidário...
Vejo seu corpo sedutor estirado
Na cama e por mim tão desejado,
Nesse meu viajar  despojado
Sem que me sinta a toco com cuidado
Absorvendo o seu calor acumulado
De desejos bem guardado...
Ah doce mulher que dorme solta
Nessa cama vazia em leve tecido envolta
Te quero arrancar dessa visão
E tornar real tal emoção
De te sentir pela mão,
Te beijar com sofreguidão
Te proporcionando a sensação
De prazer quando te tocas com tua mão
No silencio da noite na escuridão
Em tua completa solidão...
Ah minha amada!
Se soubesses o quanto és desejada,
Te entregarias  agora despojada
De medos e vergonhas ensejada
Pelo prazer de ser saciada
Essa fome descontrolada
Que te induz a ser realizada...
Vem! Te entrega a mim
Que te quero assim
Com esse fogo sem fim
E juntos vamos enfim,
Gozarmos plenamente
Nessa noite até o poente!... (Elgitano/Paulogaliat)