terça-feira, 26 de agosto de 2014

DESEJOS NOTURNOS....

Nossa historia é um  fato emblemático
Que de certa forma se torna pragmático
Nesse contexto tão problemático
Que vai acabar se tornando plasmático
 Sonhos que desejamos nesse instante estático
De nossas visões vermos realizados...
São tantas as vontades e planos idealizados
Que não aceitamos a derrota e ficamos ensimesmados
Dentro de nossos anseios e buscamos entre retóricas
Eloquentemente  expor nossas razões já históricas
Entre palavras sublimes ou até entre gritos desesperados
A loucura existente nos seres que são apaixonados...
Torturantes imagens  que vem em noites sombrias e escuras
Atormentar solitários seres de uma maneira soturna
Se envolvendo entre espectros de suas visões de luxuria
Tendo nesse momento sofrido uma dor taciturna
Que lhes invade o ser queimando lhes as entranhas em fúria...
Ah delirantes momentos de misturadas emoções!
Arrebentando como uma bomba os corações
Que aceleram loucamente ao se perderem entre masturbações
Em busca do gozo pleno nessa vontade premente
De se ter o outro ao lado arfando de prazer presente...
De que adiantam canções de amor nesse instante?
De que valem poesias compostas com tanto ardor
Se dentro dessas almas só se sente o desejo do amor
Que é gritado e falado e até cantado nesse sufocado clamor
Onde um dos dois não se importa e nem dá valor?
Mas sente embora negue em si o mesmo ardor!... (Elgitano/Paulogaliat)

domingo, 24 de agosto de 2014

PASSARINHO!....

Passarinho cantando
Voando no alto plainando
Talvez atenção chamando
Passaredo que passa grasnando
Euforia de plumagens encantando
Azul amarelo preto vermelho cinza
Com tanta matiz em rica plumagem
Vem logo cedo fazendo traquinagem
Em seu canto poético cheio de mensagem
Que não se sabe quem enviou ou encomendou
Só se sabe que ao abrir a janela ele alegre cantou
Trazendo em seu canto mensagem de quem tão longe ficou
Saudoso pensando em quem sente saudades e tanto amou
Vai passarinho levar meu lamento em seu canto encantado
Diga ao meu amor que estou longe mas cada vez apaixonado
Que sonho seu sonho de desejo tamanho de estar a seu lado
Fazendo carinhos beijando aloucado seu corpo adorado
Que quero agora selar nossa historia de jeito encantado
Com seu canto de encanto contendo amor e muito cuidado
Pra não magoar e nem machucar meu bem apaixonado
Vai passarinho em formas tantas de cores e nomes diversos
Colibri bem te vi beija flor pardal pica pau coleirinho
Leva seu canto e junto com ele meu amor e meu carinho
Enquanto você voa meu amigo passarinho
Vou andando pelas ruas e por algum caminho
Que me leve de encontro a quem poderei dar o meu ninho
Vou por aí sem destino em passeio
Escutando o passaredo em gorjeio
Harmonioso a me acompanhar
Nesse constante sonhar
Bem te vi quando te vi
Beija flor  quando te beijo em flor
E assim vou te compondo meu verso de amor! (Elgitano/Paulogaliat) 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

AMOR CIGANO AO LUAR!

Cálida e esplendorosa lua
Que a tudo ilumina nesse instante
Mostra-me te peço suplicante
Aquela distante cigana
Que entre as chamas dançava
A me olhar seduzindo
Seu perfume a cada volta exalava
O cheiro do amor que me inebriava
Entorpecendo meu ser que se excitava
O tom da sua pele contra tua luz
Me causa devaneios e me seduz,
Me rendo aos encantos dessa cigana
E meu sofrido e pobre coração se engalana
Tentando possui - la com toda minha gana
Aprumo na cintura o punhal ajeito o chapéu
E me entrego a dança em dueto e vou ao céu,
Grito “arriba gitana” “olé” e sinto me chicotear seus cabelos
Entre as evoluções da dança que nos incendeia
E tu lua brilhante és nossa testemunha
Pois nos ilumina como uma candeia
Mostrando na relva nossos corpos que se expunham
Dançávamos a musica do amor ardente
Que a cada momento era mais envolvente
E tu lua brilhante tão distante e silente
Nos via assim diante de ti  puros e amantes
Hoje nessa campa de tudo tão distante
Te vejo ainda mais brilhante
A me fazer relembrar daquele instante
Em que meu sofrido coração
Se entregou a essa cigana com paixão!... (Elgitano/Paulogaliat)

FUGINDO DE SI MESMA!...

Fuja! Te distancies de tudo
Te afastes de tuas memórias
Tenta iludir tuas lembranças
Quem sabe entre aventuras
Sofrendo desventuras
Conseguiras tal lenitivo?
Te dopes com beberragens
Faça de tua vida muitas bobagens,
Entrega teu corpo em loucas orgias
Te percas no delírio de fantasias,
Dance a dança dos loucos apaixonados
Deixa cair pelo chão teu corpo cansado
E sinta os cães a te lamberem a sobra do gozo
Que te lambuzou o corpo em noites perdidas...
Fostes  privada de espermas!
Te deixastes ser usada e lambuzada
Desejada e violentada nessa agrura fugidia
De teus sentimentos que te tortura todo dia...
Vai! Te percas entre bares e festins
Peques cada vez mais nessa busca sem fim
Apodreça teu interior entre tantas dores
Causadas por ti e em ti entre falsos amores
Porque de nada adiantará tudo fazeres
Mesmo sentindo e dando prazeres
Porque do que foges não se mata e nem se morre!... (Elgitano/Paulogaliat)

SEU NOME!.....

Já escrevi seu nome nas estrelas
Nas arvores por onde andamos
Nas areias em que pisamos
Das praias em que nos amamos...
Quem olhava os céus seu nome via
Entre estrelas e galáxias reluzia
Na primavera brotando das arvores
Seu nome em flor se fazia de amores
Nas areias das estradas quem pisava lia
Entre a poeira as letras de teu nome
Em versos declarado em poesia,
Em cartazes publiquei em forma de reclame
Seu doce e lindo nome que se destacava como ditame,
Nas praias onde o sol brilha gravado estava seu nome
Que o mar com ciúmes devorou e levou pra longe...
Hoje perdido e de tudo distante perambulando como monge
Procuro entre as procelas desse mar furioso entre brumas
Seu nome que me é tão precioso e perdido está nessas espumas...
Olho para o céu e não vejo mais a reluzir seu lindo nome
Pois vieram os meteoros e o apagaram talvez com inveja,
Nas arvores nada mais restou pois desmataram-nas o homem
A poeira das estradas cobriram os versos que te compus
Enfim hoje não vejo mais seu doce e encantado nome
Mas nesse desespero de busca em todos recantos esqueci
Que em um lugar bem guardado e inviolável seu nome escrevi
 Dentro de mim uma luz brilhante então eu percebi
Vinda desse meu eu transtornado de paixão
Que guardei como tesouro em meu sofrido coração
Seu doce e tão procurado nome! (Elgitano/Paulogaliat)

sábado, 16 de agosto de 2014

BRADO DE AMOR...

Sigo silente minha estrada entre descaminhos
Tentarei não mais buscar teus carinhos,
Me calarei altivo diante do teu descaso
Fecharei as janelas e portas do acaso
Viverei essa amargura de exilado
Trapo velho corroído e abandonado,
Coisa mal usada e de lado largado
Objeto inútil e ser desprezível cheio de pecado.
Acreditei em tantos argumentos
Me iludi na fantasia de juramentos
Planos tantos sonhados e elaborados
Numa harmonia perfeita de enamorados...
Mensagens trocadas intenções declaradas
Olhares inquisidores em noites estreladas
Sorrisos de lascívia e malicia sedutores
Despertando desejos loucos de dúbios sabores
Entrega plena entre delírios de gozos tantos
Onde nessa orgia do prazer éramos os santos
Numa cerimônia celestial de pura sinceridade
Onde não cabia falsidade e maldade,
Onde foram parar esses momentos?
Que hoje na distancia se transformaram em tormentos?
E as juras trocadas porque foram quebradas?
Te amei como eras nada exigi e assim te adorava
Nos afastaram as duvidas e as palavras da eloquência
E também certas influencias por conveniência!
Te quis como te conheci te amei como te vi
Pois me fizestes feliz e então em ti revivi...
Te amo como és; louca, sensata, briguenta ciumenta
Meus sentimentos a cada momento por ti aumentam
Mas mesmo assim minhas palavras se silenciam
Pois farei desse meu silencio meu brado maior
Desse grito sufocado que está cada dia pior...
Subirei ao alto da montanha e de lá gritarei a minha dor
Que repercutira entre os astros e estrelas como um clamor
E chegará a ti através do vento ou no cantar dos pássaros em louvor em cada amanhecer,
Minhas queixas e lamentos dessa dor que me faz sofrer
Dia e noite nessa distancia por te ter tanto amor!.. (Elgitano/Paulogaliat)

domingo, 10 de agosto de 2014

RÉQUIEM PARA AS CRIANÇA DE GAZA!


A brincar estava o menino
Num jardim de seu quintal
Uma pequena flor ele regava
Em sua inocência angelical
Tudo em sua volta ignorava
Era azul essa pequena flor
Entre a terra Arida brotou
Buscava água em uma lata o menino
E regava inocente a linda flor
De repente uma grande explosão
E a lata rolou pelo árido chão
A flor ali intacta entre a fumaça
O menino estirado entre destroços
Da bomba que explodiu nefasta
Arrasando tudo em volta menos a flor
A cálida e linda flor azul a se balançar
Entre a poeira da bomba levantada
Gritos ao longe se ouvia em dor
De um pai que vinha correndo a chorar
Em seu dialeto clamava aos céus
Abraçando do menino parte do corpo
Que estava entre uma massa disforme
Pelo chão esparramado e seu sangue a escorrer
A lata longe estava com pingos de água dentro
Seu pai louco de dor lamentando a sofrer
Reunia do corpo do infante os pedaços
Retirando ainda quente os estilhaços
Da bomba que explodiu e seu filho matou
Mas ainda se via ma parte do corpo que ficou
Seu pequeno rosto lívido e inocente a sorrir
Pois da vida a brincar a flor regar só queria
Quantos meninos ainda morrerão?
Quantas flores nessa terra sobreviverão?
A intolerância dos homens tem feito isso
Matado crianças e causado dores
Tudo por se acharem donos da verdade
Uma verdade que nem sabem ser verdadeira
Pois cada um acredita em sua fé como única
Que fé é essa que mata tanta gente inocente?
Que deuses são esses que sacrificam vidas?
Deus é um só embora usem tantos nomes
Mas se matam por ele pelas leis dos homens
Quando virão outras canções solidarias
Para que terminem as guerras?
Quantas vozes famosas farão novas campanhas?
E o vento a soprar pelo deserto embalando a flor azul
O pai a chorar pelo corpo disforme espalhado
O sangue do menino escorreu pelo chão e a flor molhou
Toda gente viu isso e a dor se expandiu o tempo passou
O homem a guerra continuou e nada até hoje mudou
E da terra seca lavada pelo sangue inocente  a flor azul brotou!  (Elgitano/Paulogaliat)

TORTURAS NOTURNAS....

Passo noites entre torturantes devaneios
Que se apossam de mim sorrateiros
Me fazendo escutar os sons do silencio
Que me trazem gemidos e murmúrios
De casais em encontros amorosos noturnos
E eu em meu canto a tudo escutando soturno
Me torturando em desejos reprimidos a sós
Imaginando cenas de entregas sublimes
De prazeres a tanto sem serem realizados
Juras de amor escuto pela madrugada
Gemidos de gozos a me tirarem a razão
E olho para minha cama e a vejo sem nada
Despida dos corpos que lhe trariam essa vibração
Desses corpos que escuto em minha alucinação
Estou cada dia ficando mais louco desvairado
Entregue aos delírios de uma louca paixão
Que existe apenas em minha solitária imaginação
Me toco tentando assim me satisfazer
Numa ânsia louca de sentir prazer
E por fim acabo a chorar sentindo grande frustração...
Mais uma vez estou só querendo morrer
Quem sabe no éter venha por fim esquecer
Dessa dor de ser só e de ilusões estar a viver?... (Elgitano/Paulogaliat)

VISÕES DE UM LOUCO POR AMOR!

Louco desvairado num canto largado
Agonizando esquecido e abandonado
Como se fosse um trapo desgastado
Passo noites nessa minha tétrica solidão
Que me faz ver em meus delírios a mesma visão
De um corpo que vem nas madrugadas sentir tesão
Me esvaio entre o choro dessa falta da sensação
De ter em meus braços alguém a me dar essa emoção
Do prazer a dois num idílio que me alivie essa dor
De estar tão só e com tantos desejos de dar meu amor
Desejos a muito em mim acalentados com ternura
Guardados com esmero e esperanças em meu coração
Ah como queria ter alguém agora para aliviar essa tortura
Como desejaria ser comum em busca de aventura
Mas sou fiel e dedicado ao meu próprio eu sofredor
Um ser que luta em busca do seu verdadeiro amor
Que quer se dedicar a quem de fato lhe dê valor
E assim vou morrendo aos poucos nessa solidão
Me esvaindo entre a fantasia e a torturante ilusão
De um condenado por acreditar no verdadeiro amor! (Elgitano/Paulogaliat)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

CRIATURA DE SEDUÇÃO!...

Que pensas que és para me tentares seduzir?
Uma deusa de encantos irresistíveis talvez?
Vejo tantos rostos lindos sorridentes
Com lascívia no olhar e nos lábios ardentes
A me convidarem para beijos loucos envolventes,
Bem sabes de minha solidão e carência e me provocas.
Tantas imagens a me atentarem como loucas
Em noites de delírios incontroláveis de desejos
Sonhando ser assaltado por alguém nesses lampejos,
Que me arrepiam a pele e me fazem ficar louco
Pernas, braços, olhos, seios, mãos ah as mãos
Essas mãos que são amigas despertando sensações
Em mim mesmo a me tocar de tanta vontade...
E vejo então tua presença me atentando com sagacidade
Fecho os olhos pra não ver tais imagens a me excitar
Mas de nada adianta estás em minha mente somente
A sorrir me enlouquecendo mais e mais intensamente
Mostrando me teus seios de mamilos eriçados e rosados
Vens toda plena a se oferecer se mexendo a dançar,
Embora saiba que não estás aqui sinto teu cheiro
A maciez de tua pele lisa e aveludada no entre roçado
De meu corpo com minhas mãos ávidas de prazer
Me sinto excitado nessa hora sem saber o que fazer
Abro os olhos te procuro e entre nuvens te vejo
Não resisto e tenho impulsos de dar te um beijo
Me dominas nesse instante de fraqueza e me torturas
Me levas a devaneios de sonhos e loucuras....
Te quero agora!  Vem me mata de prazer
Te entregue aos teus delírios também
Sei que me desejas como eu a ti louca criatura
Que me assombra nas noites de solidão em forma de harém
Pois és em uma só criatura mil mulheres sem frescura
Que me saciam com intensidade através de minhas mãos
A te imaginar a se tocar desejosa de ser possuída também... (Elgitano/Paulogaliat)

ESTANTES!

Recostado em minha cadeira
De rodinhas e a balançar,
Olho em volta e fico a pensar.
Nas prateleiras os livros a fitar
Procuro aqueles que ainda vou folhear,
No entanto tenho guardado na lembrança
Tantas historias a me transportar pelo tempo
Pego um livro e vejo na introdução
Uma quadra que me chama a atenção
“sou teu amigo de sempre se me abres te revelo
Muitos segredos e te ouço os teus com tamanho zelo
Mas se me deixas esquecido em um canto,
Como te posso servir e ser teu acalanto?”
Paginas devoro em busca de respostas
Como se quisesse abrir algumas portas,
Na leitura então me absorvo com a mente a viajar,
Numa nevoa me sinto docemente flutuar
A fumaça do cigarro se desprendendo
Forma imagens que me fazem imaginar
Mundos momentos e encantos tantos
Entre teses poemas artigos e assuntos diversos,
E me vejo então preso aos meus próprios versos
Que me surgem na mente de uma forma efervescente
Alguns muito sérios, outros um tanto indecente,
Mas que falam de sentimentos guardados tão somente
Em meu ser que a muito sente vontades e tantos sonhos
Que em um papel a correr os exponho tão tamanhos
E assim minha mente vive o instante intensamente,
Nas entrelinhas desses livros muita coisa posso ver
Algumas me fazem até em algo novo passar a crer,
Mas nada poderá  de forma alguma me fazer esquecer
Que existe em mim uma força suprema a me engrandecer
São meus sentimentos na prateleira de meu ser guardados
Como na estante onde os livros vejo estáticos empoeirados,
Sentimentos que se não forem como os livros apreciados
Serão carcomidos pelo tempo como os livros pelas traças.
E ambos livro e meu ser jamais poderão aconselhar e amar! (Elgitano/Paulogaliat)