quinta-feira, 20 de março de 2014

MENESTREL DA LUA!

Que fazes louco menestrel?
Namoras a lua com fervor
Admiras intensamente o céu
A perscrutar o universo debalde
Bem sabes que ela se esconde
Quando seu amado aproxima
Radiante poderoso e implacável,
Se pretendes dele ela roubar te cuide
Pois seu calor te destruirá.
Não te turves triste ao perde-la
Saibas que ela inspira o amor
Mas não pertence somente a ti,
Pertence a tantos outros poetas
Que como tu ao vê-la se admira e se inspira,
Canta menestrel pois teu canto a desperta
Faz com que ela volte e se mostre esplendorosa,
Espante a tristeza do momento de teu coração
Saiba que mais vale tua arte em forma de canção
Busca alegrar essas noites enluaradas
Entre versos de tuas lamurias nessas toadas
Dedica teu ser entre versar e cantar
E a lua vira embora meio pálida
Entre suas fases tantas mas sempre presente
A te escutar em canto que tanto encanta...
Tantos matizes se lhe surge a lua
Amarela, branca brilhante, cinza, vermelha
Quem sabe a te mostrar que tem sentimentos?
Canta menestrel e alegra pois dos amantes a inspiração
Faz com que assim como tu ao verem a lua com emoção
Se entreguem com muito mais sensação,
Grita meu amigo teu mais forte verso
Faz que tua voz se repercuta aos corações
Entremeada a tristeza e admiração de tuas canções,
Canta o lamento cigano que te prende em nó
Na garganta seca da ansiedade de soltar um dó
Esse tom vocálico em sustenido e agudo
Que fere e desperta de sono profundo
Aquela que se esconde de ti como a lua! (Elgitano/Paulogaliat)