domingo, 9 de fevereiro de 2014

NADA ME DEIXASTES....

Não me deixastes  te ver
 Não me deixastes te escutar
Não me deixastes te encontrar
Não me deixastes te falar
Não me deixastes te apreciar
Não me deixastes te elogiar
Não me deixastes te presentear
Nem me deixastes te surpreender,
Tão pouco deixastes boas novas te anunciar
Nada me deixastes fazer
E assim me fizestes enlouquecer...
Te busco nas ruas e nunca te vejo
Te busco por onde vou e não te encontro,
Minhas noites insone sempre pelejo
Na cama vazia sem ter o teu beijo,
Teus carinhos nunca mais senti
A sensação da alegria já perdi
Agora me resta o nada de tudo
Do que me deixastes contudo,
Lembranças de um bom tempo
Das alegrias vividas e agora esquecidas,
Não por mim que te relembro sem desejar
Já que me deixastes a tua ausência a lamentar.
Te busco mesmo sem querer
Pois não consigo de ti esquecer,
Apanhas do chão as flores
Que caem já mórbidas desencantadas
Exauridas de sua prole natural,
Nem percebes portanto que terás o mesmo fim
Estarás um dia dessa vida torpe exaurida,
Terás certamente em teu ser a mesma ferida
Que sangra hoje em mim...
Buscaras por mim e não me encontraras,
Pois assim como as flores que catas distraída
Estarei por fim agonizante entregue a morte,
Pois aqueles que amam e são esquecidos
Só cabe a si essa derradeira sorte!
E quando por fim se encontrarem nossas almas
No infinito espaço celestial,
Te perguntarei enfim o porque de tua soberba
Por não me deixares de ti me aproximar
Pois te esperei e te amei a todo momento
Com meu mais puro sentimento! (Elgitano/Paulogaliat)