quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ROSA MENINA, MENINA FLOR!..

E então a noite se fez silente
Não mais as musicas de outrora
Trazendo lembranças de tempos
Onde se perpetuavam lembranças
De amores e tantos encantos...
A menina tão doce e inocente
Ficou triste e silente a olhar atônita
A escuridão da noite de onde vinham
Seus sonhos em forma de sons...
Nas musicas de então tanta coisa brotava
Emoções que se sentia e ao coração emocionava,
E a menina bailava e cantava
Encantada com uma voz que lhe falava
De coisas que lhe acalentava,
E ela então escrevia seus sonhos,
Mas não se emocionava com o poeta
Que também naquele silencio lhe declarava,
Em versos tantos e até medonhos
O que sentia no coração que tanto gritava
Mas seu grito era silente pois se exprimia
Em versos dolentes sua paixão pela menina,
Que a seu ver era da pureza a mais bela flor
Que lhe encantava em sorrisos dados em imagens
Exprimindo seu poder sedutor,
Que o poeta desvairado e perene adorador
Lhe compunha e dizia em versos sua dor
Nas noites de sonhos da menina flor,
Que entre musicas dançava sem pudor
Nua entregue a seus delírios de amor,
Sem nunca confessar também seus segredos
Porque nas musicas que escutava expulsava seus medos,
Quebrando da noite o silencio expurgando de si sentimentos
Que a seu ver eram mortais e ao mesmo tempo envolventes,
Que desejava sentir em si e se entregava na dança silente
De seu corpo em volúpias de prazer a escutar a musica,
Feiticeira e mágica no silencio da noite lhe trazendo sonhos
Se entregando entre sons a delírios tantos e tamanhos
Que ninguém sabia senão seu próprio corpo alvo e ardente
Em frenético desejo solitário se tocando na cama dançando...
Gozava então a menina entre sonhos gritando seus sonhos
Como o poeta em seus versos medonhos...
Ambos menina e poeta se apaixonavam
Aos sons da noite se entregavam,
E mesmo distantes um no outro se desejavam
E entre sons encantadores da magia gozavam
E viam em seus sonhos cores tantas e se ruborizavam,
E então como magia a menina em doce flor
Numa rosa se transformava e o poeta de tanto amor,
Seus versos lhe cantava as odes como um grito
Perpetuado na escuridão da noite essa sua dor!...
Menina flor, doce meiga e malvada , desejosa e jocosa
Agora não escuta mais as musicas da magia
Se sente perdida e vazia,
E o poeta choroso saudoso amoroso
Se perde em rimas compondo seu poema
Profundo pra ofertar à rosa menina seu amor
Em trovas dolentes pra ela assim não sentir a noite vazia!.. (Elgitano/Paulogaliat)

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