terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ME MATA!...

Vem...me arranca a veste carnal
Que me encobre esse corpo pútrido
Mera matéria que se consome entre dores,
Que o tempo se encarrega de dar fim...
Vem arranca de meu peito o coração
Esse coração que tantas emoções viveu,
Que feridas se fizeram a cada paixão
Que se entregou e na solidão ficou...
Mata de vez quem só quis amar outra vez,
Quem sabe em outra vida esse amor vá renascer
Fazer florir a esperança que feneceu...
Que me leve por fim a morte pelo vale da escuridão,
Já que a vida em si perdeu a razão,
As cores se desbotaram com o tempo
A canção perdeu sua harmonia,
Os odores da primavera se perderam
Os sabores se tornaram intragáveis,
Os sonhos se desfizeram
As promessas foram esquecidas
Os projetos destruídos,
Tudo enfim teve fim...
Não escutarei mais os anjos
Em doces melodias celestiais
Fortuna dos que sonham
Delírio dos que amam,
Só me restará um réquiem
Num lamentoso cântico
Ao me depositarem os restos
Desse corpo sem valia
Ao tumulo meu novo lar
Ou ao fogo meu destino sepulcral! (Elgitano/Paulogaliat)

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