E porque não gritar o que te aflige?
Fazer tua voz repercutir no mundo,
Exteriorizar tudo que te oprime
Assumir o que de fato sentes...
Cala teus anseios nesse grito contido
Das volúpias que te queimam o corpo
Te fazendo viajar entre sonhos medonhos,
Geme alto esse desejo que te enlouquece
Quando em tua solidão no gozo se esquece
Das carências que te trazem tantos e loucos
sonhos,
E te entregas a luxuria de se tocar a se
aliviar...
Te perdes entre arrepios incandescidos agora
Fecha teus olhos e vês imagens sensuais a te
perturbar
Imaginas mãos a te tocar e te apertar te
subjugar,
E nesse delírio te entregas ao corpo imaginário
Que te possui na intensidade de teus desejos..
Grita! Geme! Remexe! Ulula enfim teu prazer
Como a fera no cio louca a se entregar nesse
ensejo
Sente por fim teu suor a molhar a cama com teu remexer
E esse fogo interior a querer entrar em erupção,
Te faz acelerar os movimentos nessa gostosa sensação
De estar sendo possuída com força e determinação...
Gozas por fim esse gozo contido e sentes sair de
ti teu néctar
A escorrer sob teu corpo nu e solto relaxado a se
tremer,
E então consegues sorrir o riso mais precioso de
saciedade,
Entremeado com uma leve lágrima ao sentir agora a
saudade
Do amado de teus sonhos que te busca nessa hora
insone
E depois de teu gozo entre os lençóis molhados
ele some...
Grita portanto e rompe esse silencio torturante
Tentando trazer pelo eco de teu grito esse
amante,
Que te satisfaz te deixa louca e mesmo em sonho
te consome!
Grita e quem sabe onde quer que esteja virá por
fim esse homem?...
(Elgitano/Paulogaliat)
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