sexta-feira, 20 de março de 2015

AMOR PLATÔNICO...

A noite com  seu véu misterioso
Cai serena e fria por toda cidade,
As luzes num piscar incessante
Preenchem os vazios escuros...
Andando pelas ruas vou sem rumo
Levando no peito tantas sensações,
Cruzo por olhares perdidos e boêmios
Que buscam na noite novas emoções
Ao longe te avisto também pensativa
Sentada em um banco de praça,
Olhar lacrimejante e coração descompassado
Talvez buscando lembranças do passado,
O brilho da lua revela tua face molhada
E eu envolto em sentimento solidário
Sento me a teu lado e me olhas interrogativa.
Um cão se aproxima e o acaricias delicadamente,
Estamos ali os três tu eu e o cão....
Olhares perdidos entre o céu e o chão,
Por fim nossos olhares se cruzam e nos falamos,
Me revelas tuas dores... choras soluçante
E eu sem saber o que fazer te abraço nesse instante,
Te encostas em meu peito exalando teu perfume
E eu sem me conter sinto disparar o coração
Nossos corpos se aquecem nesse contato,
Sinto se afastando de nós saltitante o cão
Se perdendo ao longe na escuridão...
Seria cupido em forma de cão?
A noite vai revelando o céu estrelado
E tu teu segredo a tempos guardado,
Te enroscas com mais força em meus braços
Sem nada falar te entregas em busca de acalanto,
Olho teus olhos agora mais brilhantes e me encanto
Percebes meu sentimento e me sorris lindamente
Nada falamos e silentes nos entregamos ao momento.
Tudo é magia tudo é encanto e buscamos nossas bocas
E então liberamos nossas emoções mais loucas,
Nos beijamos com sofreguidão sem nada falar
E o véu da noite como cúmplice a nos acobertar
Nos leva ao delírio desse doce momento!... (Elgitano/Paulogaliat) 

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