domingo, 2 de março de 2014

DE FRENTE COM O MESTRE!

Te sentes perdido e solitário?
Lamentas tuas dores ao acaso?
Choras a ausência de um amor?
Aumenta em teu peito a sórdida dor?
De veres nos outros a alegria
Que sentes apenas em tuas fantasias?
Porque canta tão alto o pássaro na gaiola?
Porque chora a criança em desalento abandonada?
Porque dás de comer ao cão e ao gato?
Porque beijas os animais e os afagas?
Será que são mais indefesos que a criança e o velho?
Será que tua espécie é mais sórdida que não mereça amor?
Que pensas que fiz quando aqui estive?
Que sabes enfim dos meus mistérios?
Achas portanto que te perdoarei os atos por seres assim?
Atentastes aos teus quando os abandonastes?
Refletistes em teus atos ao virares as costas ao amigo?
Sabes que assim procedendo fortaleces meu inimigo?
Quem pensas que és para julgar?
Te sentes melhor porque és prospero?
És tão sábio que escolhes tuas companhias?
És tão nobre que relegas quem de ti precisa?
Ah filho meu quão tolo és se tudo assim fazes
Estás perdido se achas que dás amor
E ignoras no entanto que provocas a dor,
É certo amar os seres em geral
Mas acima de tudo teu semelhante
Mesmo aqueles de raças diferentes que renegas as vezes
Que é a minha semelhança e meu tesouro,
Pois que nem aos anjos amei mais que a ti..
 Reflete pois filho amado e refaz teus conceitos
Pois em teu ser ainda tens muitos defeitos,
Embora algumas atitudes tuas sejam louváveis
Não está na hora de depurar tua compreensão dessa vida?
Maculastes tantos sentimentos nobres que te foram ofertados
Em nome de tua falsa felicidade que um dia te fará sofrer,
E embora abandonastes quem te socorreu
Esquecestes que na verdade era em outro meu próprio EU.
Porque o EU SOU está em ti em teu próximo e em tudo...
Abdica portanto amado filho meu do descaso que tens
Daqueles que são humildes como fui,
Bem sabes que estou voltando e posso bater a tua porta,
Poderei ser um de teus amigos que está agora ignorado,
Poderei ser alguém que conhecestes e maltratastes,
Poderei ser tantas outras pessoas e até tu mesmo!
Observa pois os sinais dos fins dos tempos
Urge que te cuides para não sofreres como fizestes sofrer,
Pois fatalmente assim como está escrito
Muitos serão chamados e poucos escolhidos,
E os que não forem eleitos serão deixados
A se depurarem no vale da solidão
Onde se escutam gritos de dor e ranger de dentes! (Elgitano/Paulogaliat)

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