Sentir o desprezo
ou descaso das pessoas muitas vezes nos
machuca e nos abre certos questionamentos, mas se formos analisar tais atitudes
conosco veremos que de certa forma corroboramos para tal acontecimento, houve algum
momento em nossas vidas que fomos seletistas sim, que nos envolvemos com outras
pessoas de um nível mais superior seja cultural, social ou fisionômico. Nos encantamos
com situações, pessoas, momentos, envolvimentos enfim, uma gama de
acontecimentos que aos poucos fomos nos conscientizando de que deixamos pra trás
pessoas que nos eram mais presentes que se preocupavam conosco, que nos
convidavam para um almoço, pra um bate papo e até um “programa de índio"
como costumam falar esses novos amigos com os quais nos encantamos, pois pra
eles tudo é festa, regada a bebida orgias e tantas outras coisas que a
simplicidade daqueles que passamos a
sentir falta se tornou obsoleto... Hoje no recôndito de nosso ser e dessa solidão
que nos avassala compreendemos quem de fato são nossos amigos, quais são as
pessoas que se preocupam conosco e que de certa forma damos um “gelo”, pessoas
que classificávamos como “pentelhas”, grudentas que nos ligavam todo dia ou
varias vezes no dia só pra saber como estávamos e se precisávamos de alguma
coisa, hoje sentimos as noites mais frias e vazias, as coisas se tornaram sem
graça, as pessoas cada uma buscaram seu canto e nos abandonaram a nossa própria
sorte, pessoas que saiam conosco pra balada, pras festas para, os encontros do
happy hour, para assistir a um filme, ver uma peça de teatro que está estreando, enfim, os “novos” que nos encantaram vão se desinteressando da gente, aí
queremos voltar a procurar nossos antigos amigos mas sentimos em nós uma certa
vergonha de fazer isso, de acharmos que nossos antigos amigos vão nos ignorar,
nos virar as costas e acabamos nos sentindo sós e frustrados achando que ninguém
gosta da gente, bobagem,se de fato são amigos e queriam sempre estar ao nosso lado jamais nos
esqueceram e jamais nos virariam as costas, tentemos resgatar esses amigos pois
eles são verdadeiros e não ilusórios como
os “novos” que só querem nos acompanhar no “oba oba!”... A gente aprende, as
pessoas mudam sim mas quem de fato sabe o valor da amizade e do amor ao seu
semelhante jamais muda seu conceito e seu sentimento, procuremos com humildade
reassumir esses sentimentos e buscar
estar ao lado de pessoas que nos preencham e que sejam “chatas”, “pentelhas”, “grudentas”
mas que são verdadeiras e não usam mascaras como certas pessoas e nos acolhem e
nos aceitam como somos, com nossas loucuras, crises, manias, fantasias e sem se
preocuparem com nossas roupas ou modo de ser, pessoas que nos enxergam com os
olhos do amor, da simpatia, da solidariedade, do querer ser servil, pessoas que
nos amam e nos querem bem de fato independente de quem sejamos e como sejamos,
saibamos portanto valorizar essas pessoas e assim nunca nos sentiremos com essa
sensação de abandono e desprezo, é chegada a hora de colocarmos em prática o que nos ensinou o mestre, sermos puros de coração, sabermos dar e receber o perdão e assim amarmos uns aos outros como ele nos amou!.... (Elgitano/Paulogaliat)
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