No castelo distante
A dama inquietante
Trafega entre os jardins
Onde fadas gnomos duendes
Anjos querubins e serafins
Se alegram contentes
Com visão encantadora
Da singeleza e pureza
Dessa dama bailadora
De infindável beleza
Que saúda a natureza
Beijando pássaros
Gatos, cachorros,
Borboletas e flores
Sentindo assim tantos sabores
Se encantando nas cores
E sonhando com amores...
Vai a dama saltitante
Num porte elegante
Entre um cantar
Em voz melodiosa
A tudo e a todos encantar
Expandindo alegria radiosa
Num sorriso de paz e harmonia
Cabelos esvoaçantes em sintonia
Com tal quadro em primazia
O amor em seu peito latente
Esbanjando felicidade
Pois vai matar a saudade
De seu amado cavalheiro
A quem se deu por amor primeiro
Ao longe vem num cavalo trotante
Diminuindo a distancia em instante
Abreviando o abraço e o beijo
Que desperta em si tanto desejo
De deitar na relva macia
E não ter mais a alcova vazia
Se perder entre os lençóis
Na entrega até surgirem muitos sois
Se amando se perdendo
E as dores esquecendo
Pois a saudade, o vazio e a distância
Se fizeram constância... (Elgitano/Paulogaliat)