segunda-feira, 21 de outubro de 2013

TEU SER FEDE!....

Porque estranhas o odor fétido
Que emana daquele que passa?
Não fostes tu quem lhe desprezara?
Que lhe condenastes ao abandono
E ao esquecimento o matando
Com teu descaso e sabendo que sofreria?
Não sabias que este ser aos poucos definharia?
Hoje te incomoda a putrefação que causastes,
Não a matéria em si mas o interior causticante
Da dor que lhe devora ardentemente
Fazendo aquele ser premente
Buscar alento mesmo que seja enfim na morte....
Vilipendiastes sem contemplação
Quem se doava com paixão
Te entregando o coração
Como em completa adoração
E tu dissestes secamente a palavra não...
Fostes incapaz de lhe estender a mão
Num gesto de solidariedade e compaixão,
Não temes portanto a lei de talião?
Bem sabes que aqui se faz aqui se paga
Não temas  de forma alguma uma praga,
São desígnios da supremacia celeste
Que se faça justiça e se tenha de volta
Aquilo que se fez a outrem na mesma proporção
É a lei do retorno sem aviso e sem perdão...
Serve de aviso portanto para quem faz tanto sofrer
Seja aos homens ou animais sem se importar
Com atitudes mesquinhas e esquecer
Que somos do criador em vida um ser
Que ama, que sente, que faz o universo vibrar...
Te incomoda o odor que sentes?
Quem sabe não é de ti que decompõe
A alma impura a exalar de teu interior
Este fétido odor ao olhares as criaturas
Que em teu caminhar maltratastes
E a própria sorte deixastes?
A putrefação do espírito é notória
Aos que criaram assim a precatória
Do desamor ao causar tanta dor
Pensa, reflete e reconsidera
Te livra agora do arrependimento tardio
Pois bem sabes que depois de tudo te restará apenas um vazio!... (Elgitano/Paulogaliat)

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