Porque estranhas o
odor fétido
Que emana daquele
que passa?
Não fostes tu quem
lhe desprezara?
Que lhe condenastes
ao abandono
E ao esquecimento o
matando
Com teu descaso e
sabendo que sofreria?
Não sabias que este
ser aos poucos definharia?
Hoje te incomoda a
putrefação que causastes,
Não a matéria em si
mas o interior causticante
Da dor que lhe
devora ardentemente
Fazendo aquele ser
premente
Buscar alento mesmo
que seja enfim na morte....
Vilipendiastes sem
contemplação
Quem se doava com paixão
Te entregando o coração
Como em completa adoração
E tu dissestes
secamente a palavra não...
Fostes incapaz de
lhe estender a mão
Num gesto de
solidariedade e compaixão,
Não temes portanto
a lei de talião?
Bem sabes que aqui
se faz aqui se paga
Não temas de forma alguma uma praga,
São desígnios da
supremacia celeste
Que se faça justiça
e se tenha de volta
Aquilo que se fez a
outrem na mesma proporção
É a lei do retorno
sem aviso e sem perdão...
Serve de aviso
portanto para quem faz tanto sofrer
Seja aos homens ou
animais sem se importar
Com atitudes
mesquinhas e esquecer
Que somos do
criador em vida um ser
Que ama, que sente,
que faz o universo vibrar...
Te incomoda o odor
que sentes?
Quem sabe não é de
ti que decompõe
A alma impura a
exalar de teu interior
Este fétido odor ao
olhares as criaturas
Que em teu caminhar
maltratastes
E a própria sorte
deixastes?
A putrefação do
espírito é notória
Aos que criaram
assim a precatória
Do desamor ao
causar tanta dor
Pensa, reflete e
reconsidera
Te livra agora do
arrependimento tardio
Pois bem sabes que
depois de tudo te restará apenas um vazio!... (Elgitano/Paulogaliat)
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