Que queres de mim incógnita criatura?
Me surges entre sonhos despertos
da solidão
Onde insone vagueio perene nas
noites silentes
Buscando respostas que me fogem
com tua presença.
Sinto tua respiração teu cheiro e
teu corpo
Mas me escondes o rosto entre
teus cabelos
Que te mascaram e me incitas ao
pecado...
Sabes de minhas carências e me usas em
experiências,
Buscas de mim arrancar estertores
de delírios tantos
Com tua maestria e tua malicia
verdadeiras ciências
Do prazer e da sensualidade a me
deixar depois em prantos
Como uma sádica dominadora me
invades por completo
Sugas meus desejos como uma
vampira sedenta de sangue
Me deixas a exaustão de meus
delírios tamanhos e tantos,
Buscas em mim todas as noites novas energias
Me deitas e me possuis de
imediato com sofreguidão
Te aproveitas de mim quando me
perco na solidão
Entre pensamentos carentes
sentindo ausente o ser amado
Te esfregas em mim como um gato a
ronronar
Me pedindo em voz doce e
maliciosa para te amar
Te entregas inteira sem limites e
sem reservas
Me deixas dopado como se me
embebedasses
Me fazes sentir entre teus beijos o sabor do
pecado
Louco e possuído então me rendo e
me perco contigo
Fantasmagórica criatura que me
assalta sempre
Que me induz a tantos descaminhos
pecaminosos
Me embota pensamentos amorosos e
delirantes
De um amor desejado e esperado a
todo instante...
Ah nem sei se me recuso ou me
rendo a tais fantasias
Pois quando cai a noite me
preenches a cama vazia
Entre esses sonhos loucos e
perdidos de meus devaneios
Da falta de um bem que tanto
busco e anseio!... (Elgitano/Paulogaliat)
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