Te deixaram ver a face que estava oculta?
Caiu por fim a mascara da hipocrisia
Te revelando por trás a ignomínia
Que te iludia entre falsas promessas
Uma vida de mudanças tantas, homessa!
Não te apercebestes então que era fantasia?
Que buscavas então nesse eflúvio perene?
Talvez a realização de tantos anseios?
Ah quanta loucura se faz num enlevo amoroso!
Se beija a morte como se fosse um anjo
Ignorando o opróbrio de seu ser tenebroso,
Ah minha amada o mundo é assim
Te arrancam o bem para macular te sim
Para te levarem ao fundo do poço
E ali te deixarem em calabouço
Purgando teus dias em sofrimento
Por te dares conta do desapontamento
Que te invade a alma nesse momento.
Não chores querida, vê que ainda te resta vida
Vida de lutas e glórias sempre a te esperar,
Levanta de tua caída e soergues teu altivo
semblante
De guerreira destemida em corpo de mulher
sofrida
Empunhas tuas armas e vai mesmo cambaleante
Em busca de tuas vitórias pois te resta muito
conquistar,
Embora não soubessem que te é mister sempre
amar
E com doçura perdoar teus desafetos e
carrascos,
Não guardas em teu peito rancor magoas ou ascos
Pois tua origem é divina pura angelical como
ser celestial
Tuas mãos não ferem não magoam nem fazem mal
Trata a todos com afeto e carinho por igual.
Tens em ti valor disputado que é um tesouro
Quem dele tem conta sabe que é mais que ouro
E por isso te quer a qualquer custo conquistar
Teu nobre coração disposto a docemente abrigar
Aquele que souber de ti sutilmente aproximar
E tu que tens tanta candura te deixas apaixonar
Pois és romântica e por fim te fazem chorar.
Frágil como a pétala da flor que te encanta
Mas forte como a rocha que ao inimigo espanta,
Assim és divina criatura que tanto fascina
Que te revelam faces ocultas e mascaradas
Nessa tua longa caminhada de muitas estradas!
(Elgitano/Paulogaliat)
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