Sinto o arrepio a me tocar
Quando o vento vem a soprar
Pensamentos e sentimentos
Pra longe levar
Nesse solitário momento...
O arrepio me sobe pela nuca
Na passagem do vento
Insistindo a passar por mim
Como se prenunciasse o fim...
Fim de um tempo que vai além
Fim de todo desdém
Fim das dores
Fim dos amores
Fim de todas as cores
Fim de todos os sabores,
Fim por fim do próprio fim
Que se instala em mim
Ao me sentir desejado
E de repente arrepiado...
Sinto um olhar insistente
Que me faz tremer paralisado
Encantado extasiado e subjugado
Me rendo a esta figura que se aproxima
Fria de olhar petrificante
De andar sedutor vem a me encontrar
A tempos a sinto me namorar
Tentei dela varias vezes desviar
Agora com esse vento frio a soprar
Sinto que ela conseguirá me levar
Pois ando ultimamente sem sorte
O tempo pra mim não é mais consorte
Pois me entregou a ela que se chama morte!... (Elgitano/Paulogaliat)
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