Os olhares perdidos
emoção vazia
Buscando resgatar o
que se dizia
Momentos de tanta
alegria
Agora essa saudade
doentia
Deixando cada vez
mais a cama fria
Os corpos saudosos
agora esfria
Emoções que tanto
aprazia
Amantes que nem se
viam
Mas se falavam se
curtiam
Em desejos
acalentados
Em sonhos cultuados
Em fantasias
excitantes
Que a ausência torturante
Faz aumentar a cada
instante
A imaginação
vibrante
De imagens
insinuantes
Que lhes traz o
gozo delirante
Na solidão
constante...
Ah desejo que mata
O pensamento
devasta
O corpo nessa
vontade vasta
De se sentir ao
outro entrelaçados
Gemendo se
entregando abraçados
Depois já dormente
e cansados
Os amantes saciados
Se olham
sorridentes
Entre caricias tão
contentes
Se beijam e juram
silentes
Jamais ficarem um
do outro ausentes...
Ah pérfido
juramento
Que só vale no
momento
Pois quando se
ausenta do pensamento
Trás enfim o
sofrimento
Daquele que deixou
o esquecimento
Apagar tão lindo
envolvimento...
Juras quebradas
Palavras trocadas
Sensações evitadas
Desencontros e solidão
É o que resta a um coração
Que se alimenta de imaginação
Nessa louca paixão!...
(Elgitano/Paulogaliat)
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